Lusa
O Sporting de Braga somou sábdoa primeira vitória e Chaves segue sem pontuar na I Liga na edição 2023/24 da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer em casa do Desportivo de Chaves, por 4-2, na segunda jornada.
Bruma deu vantagem aos bracarenses (16 minutos) e Héctor Hernández (43 e 53) ainda colocou os flavienses em vantagem, mas Ricardo Horta (58), Banza (81) e Pizzi (90+6) deram o triunfo ao Braga, em vantagem numérica desde os 80, por expulsão de Igor Nogueira.
Depois da derrota na estreia, em casa com o Famalicão, os 'arsenalistas' conseguiram a primeira vitória, igualando outras sete equipas com três pontos, a três de Sporting e Vitória de Guimarães, únicos, para já, com dois triunfos, enquanto o Chaves continua sem pontuar.
I Liga/ Desportivo de Chaves – Sporting de Braga (ficha)
O Sporting de Braga venceu hoje o Desportivo de Chaves por 4-2 em jogo da segunda jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado em Chaves.
Jogo no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves.
Desportivo de Chaves – Sporting de Braga, 2-4.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores:
0-1, Bruma, 16 minutos.
1-1, Héctor Hernández, 43 minutos.
2-1, Héctor Hernández, 53 minutos.
2-2, Ricardo Horta, 58 minutos.
2-3, Banza, 81 minutos.
2-4, Pizzi, 90+6 minutos.
Equipas:
- Desportivo de Chaves: Hugo Souza, João Correia (Habib Sylla, 61), Bruno Rodrigues, Ygor Nogueira, Sandro Cruz, Benny, Pedro Pinho (Guima, 57), Kelechi (João Pedro, 68), Abass (Sanca, 61), Héctor Hernández, Paulo Victor.
(Suplentes: Rodrigo Moura, Habib Sylla, João Pedro, Sanca, Steven Vitória, Guima, Queirós, Guilherme, Melro).
Treinador: José Gomes.
- Sporting de Braga: Matheus, Victor Gomez, Fonte, Niakaté, Adrián Marín, Al Musrati, Vítor Carvalho (André Horta, 66), Ricardo Horta, Zalazar (Álvaro Djaló, 45), Bruma (Pizzi, 87), Abel Ruiz (Banza, 76).
(Suplentes: Lukas Hornicek, Serdar, André Horta, Álvaro Djaló, Mendes, Rony Lopes, Pizzi, Banza, Castro).
Treinador: Artur Jorge.
Árbitro: João Gonçalves (AF Porto).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Niakaté (02), Pedro Pinho (03), Sanca (67) e Fonte (90+11). Cartão vermelho direto para Ygor Nogueira (80).
Assistência: 5.443 espetadores.
COMENTÁRIO:
Braga encontrou caminho das vitórias ao vencer Chaves em inferioridade numérica
O Sporting de Braga carimbou hoje o primeiro triunfo da temporada 2023/24 da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer o Desportivo de Chaves por 4-2, na segunda jornada, decidido em vantagem numérica.
Depois da derrota frente ao Famalicão (1-2) no arranque da nova época, o Sporting de Braga encontrou o caminho das vitórias em Trás-os-Montes. Bruma (16 minutos), Ricardo Horta (58), Banza (81) e Pizzi (90+6) selaram o triunfo minhoto frente a um Desportivo de Chaves em inferioridade numérica a partir dos 80, após expulsão de Ygor Nogueira e que marcou duas vezes por Héctor (43 e 53).
Num jogo que começou cauteloso, a meio-gás, com ambas as equipas à procura de espaço na defensiva contrária, o Sporting de Braga soube esperar pelos erros do Desportivo de Chaves para conseguir adiantar-se no marcador.
Aos 13 minutos, Abel Ruiz deu o primeiro aviso ao guardião dos transmontanos. Logo depois, Ricardo Horta voltou a tentar a sorte à entrada da área dos visitados, mas a bola passou por cima das redes de Hugo Souza.
O avançado viria a estar em destaque dois minutos depois ao assistir Bruma para o golo (16), que desfez o nulo no marcador. Já o internacional português esteve perto de bisar pouco depois, aos 20, mas a forma como acertou no esférico traiu-lhe a sorte.
Do lado dos visitados, Paulo Victor (22) rematou à malha lateral das redes minhotas e Héctor Hernández (29) falhou o objetivo por duas vezes, em poucos segundos, ao cabecear a sair por cima da baliza guardada por Matheus, que ainda defendeu um remate esquerdino de Pedro Pinho (37).
A insistência dos transmontanos acabou por dar frutos a tempo do intervalo, com Héctor a empatar a partida aos 43 minutos, após pontapé de canto batido por Kelechi.
O golo despertou a ‘turma’ flaviense que, logo depois, procurou a vantagem no marcador, por intermédio de Pedro Pinho (45), Abass (45+1) e Héctor Hernández (45+4), embora sem sucesso.
A etapa complementar arrancou com a mesma ‘toada’ do lado dos transmontanos, com Benny a avançar velozmente pela ala esquerda e a cruzar para Paulo Victor já na área adversária, que falhou o objetivo por centímetros.
Logo depois, Abass acertou em cheio no poste, pouco antes de assistir o espanhol Héctor, que, de cabeça, bisou na partida e colocou o Desportivo de Chaves na frente do marcador, aos 53 minutos.
A vantagem durou escassos minutos: o capitão dos minhotos Ricardo Horta respondeu à letra e voltou a empatar a partida com um forte remate rasteiro após assistência de Abel Ruiz (58).
Reposta a igualdade, ambas as equipas procuraram a diferença no marcador, com contra-ataques e construções rápidas de jogo de olhos postos no avançar do relógio.
Contudo, a reta final da partida acabou por se revelar mais dura para os visitados: aos 80, após análise das imagens do vídeo-árbitro (VAR), João Gonçalves expulsou Ygor Nogueira por entrada dura sobre Álvaro Djaló na área minhota.
Logo depois, aos 81, o avançado espanhol cobrou o livre assinalado para os visitantes e acabou por assistir Simon Banza, que, de cabeça, colocou o Sporting de Braga na frente do marcador.
Já em tempo de compensação, o ponta de lança francês voltou a estar em destaque após aproveitar uma bola perdida por Sandro Cruz já na área transmontana, mas falhou o objetivo.
Pouco depois, Pizzi colocou um ponto final nas contas da partida: o médio brigantino tirou partido de uma confusão entre Bruno Rodrigues e João Pedro e carimbou o quarto golo dos minhotos (90+6).
Declarações
I Liga/ Desportivo de Chaves – Sporting de Braga
Declarações após o jogo Desportivo de Chaves-Sporting de Braga (2-4) da segunda jornada da I Liga de futebol, disputado hoje em Chaves:
- José Gomes (Treinador do Desportivo de Chaves):
“Fomos mais fortes. Se olharmos para os números da primeira parte, tivemos mais remates, mais remates enquadrados, mais duelos ganhos, mais posse de bola, portanto, tivemos tudo mais, exceto o resultado. Não fossem as circunstâncias do jogo e aquilo que aconteceu, não quero aprofundar esse tema, com certeza que o resultado ia ser outro.
Os meus jogadores estão de parabéns por terem abraçado o espírito das pessoas que, no fundo, justificam a existência deste clube. Portanto, abraçaram essa ideia, lutaram, pressionaram, dificultaram muito uma equipa que todos sabemos que tem imensa qualidade. Como disse na antevisão, o Sporting de Braga pode tirar ‘onze’ e colocar ‘onze’ e manter a qualidade, o nível de jogo.
Quer o primeiro, quer o segundo golo, temos de dar a mão à palmatória porque nascem de dois erros nossos porque, o resto, conseguimos anular na totalidade. Há coisas que não controlamos nem podemos controlar, mas estou muito satisfeito com a atitude dos meus jogadores.
O que é que se pode tirar daqui? Os pontos já não conseguimos [recuperar], a atitude foi extraordinária, portanto, é manter este espírito para o futuro, a forma como abraçaram os duelos e encararam cada lance que estava a ser disputado e transportar isto para o próximo jogo. Não se pode pedir mais nada.
[Expulsão de Ygor Nogueira] Era interessante trazer à conferência de imprensa pós-jogo os árbitros, também, para tentarmos perceber algumas decisões que eles têm […]. Também não é líquido que tenha sido bem expulso o nosso jogador. Não é líquido que a bola vai em direção à baliza.
Se formos analisar ‘frames’, se pararmos a imagem, podemos dizer que a bola vai para todo o lado. Para trazer justiça ao jogo, não se pode analisar fotografias. O jogo é muito mais que um vídeo, portanto, não pode ser cortada uma fotografia e dizer o que é que acontece, mas isto é a minha opinião.
Em relação à arbitragem, eu preferia não falar. Vamos dar espaço e tempo para que haja reflexão também nesse setor, para que façam uma grande época, que é aquilo que eu desejo.
[Saída de João Correia] O João, como sabem, esteve lesionado, teve uma pré-época muito atribulada e acabou por fazer assim uma coisa um bocado apressada. Tentámos ganhar tempo e fizemos bem, sabíamos que era um jogador que dificilmente iria aguentar os 90 minutos. A acrescentar a isso, ainda levou uns pisões, todos no mesmo sítio, aquilo acabou por condicionar a nível muscular e, por precaução, acabou por sair [de campo]. Espero que reinicie a semana integrado no grupo de trabalho”.
- Artur Jorge (Treinador do Sporting de Braga):
“Nós vínhamos cá com um propósito muito claro: precisávamos e queríamos ganhar o jogo. Creio que esta vitória tem tanto de justo como de difícil. Foi um jogo que exigiu muito de nós, onde tivemos momentos mais por cima, não só no resultado, mas naquilo que foi o domínio. Tivemos outros em que foi precisamente o inverso, mas soubemos demonstrar caráter, sofrimento, também, quando foi preciso, para podermos arrancar daqui uma vitória que é extremamente importante para nós Sporting de Braga.
[Expulsão Ygor Nogueira] Eu acho que não foi só esse o momento que acabou por fazer a diferença no jogo. Como já disse, tivemos momentos em que fomos superiores, outros em que não fomos, mas esse é o momento capital porque, não só nesse livre resulta aquilo que é a expulsão de um central do [Desportivo de] Chaves, como nessa cobrança da falta fazemos o terceiro golo e, portanto, a partir daí as coisas ficam mais confortáveis para nós, mas não creio que esse tenha sido o momento decisivo. [Foi] um momento importante por aquilo que acrescentou ao jogo em relação à igualdade numérica, que deixou de existir, e à vantagem que acabámos por conseguir nesse mesmo lance.
[Falhas na defesa] Nós temos dois jogos do campeonato, cinco golos feitos e quatro sofridos. Não é o registo que queríamos em termos defensivos, obviamente que não, mas como eu disse, nesta altura, o importante para nós é podermos olhar para aquilo que foi uma vitória conseguida cá, uma vitória importante. Era, para nós, muito importante ganhar, claro que temos coisas ainda a corrigir, temos aspetos que temos de melhorar e, concretamente, nesta questão de podermos deixar com que o adversário faça golos, mas a seu tempo, teremos de ajustar para podermos ser melhores amanhã do que aquilo que fomos hoje”.
