A Câmara Municipal de Bragança vai alterar o sistema de funcionamento dos transportes públicos, de forma a compatibilizar a oferta com a redução dos custos inerentes a este serviço.

O estudo elaborado por uma empresa externa, para avaliar a rede de transportes que serve o concelho, revela que a taxa de utilização dos transportes públicos é de, apenas, 5 por cento, o que se traduz em prejuízos na exploração das carreiras.

Ou seja, na maioria dos trajectos, as receitas só chegam a cobrir 25 por cento das despesas e, em 2005, houve casos em que a receita cobriu, apenas, 18 por cento da despesa total.

Dado que a exploração dos percursos do concelho de Bragança não são rentáveis, até 2006 a Câmara subsidiava sete das nove carreiras regulares efectuadas pela Rodonorte, com um subsídio diário de 80 euros.

Também as três linhas que percorrem a cidade são pouco procuradas pelos cidadãos, que preferem deslocar-se de automóvel. Por isso, o estudo aponta para a adequação do tamanho dos autocarros ao número de passageiros, dado que a maioria dos veículos tem capacidade para 53 lugares, quando a média de passageiros ronda a dezena. A excepção são os pequenos autocarros eléctricos.

Recorde-se que o grosso das freguesias do concelho estão cobertas pela rede de transportes colectivos, à excepção de Rebordaínhos e Pombares, sendo 86 por cento do serviço assegurado por operadores privados e 45 por cento pelos STUB.

Para aumentar a procura deste meio de transporte, o documento aponta para a promoção das viagens de autocarro e dos circuitos existentes, de modo a sensibilizar as pessoas a deixarem o carro em casa.
Apesar da falta de rentabilidade das linhas, a autarquia não concorda com a diminuição das carreiras, nem dos percursos existentes, e pretende melhorar o serviço.

As alterações de horários, a adequação da dimensão e tipologia da frota e a diferenciação da oferta são as apostas do município para fortalecer a rede de transportes públicos do concelho.



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