A Obra Social Padre Miguel, em Bragança, tem 28 infetados com o novo coronavírus entre os mais de 200 idosos e funcionários da instituição, que garantiu hoje à Lusa estarem “todos assintomáticos”.
O presidente da instituição, Manuel Pereira, esclareceu à Lusa que o surto foi detetado depois de o caso de uma utente que tinha estado hospitalizada e depois de regressar voltou a recorrer à unidade de saúde, onde realizou um teste com resultado positivo.
O caso foi comunicado à Autoridade Regional de Saúde que decidiu testar toda a comunidade, tanto utentes como funcionários. O trabalho foi concluído na quarta-feira e os resultados indicaram 23 utentes positivos e cinco colaboradores, como indicou o presidente.
“Estão todos assintomáticos”, vincou Manuel Pereira, explicando que foi criada uma ala específica para os positivos, com idades entre os 80 e os 100 anos, assim como a maioria dos utentes.
A Obra Social Padre Miguel tem um complexo, em Bragança, com respostas para idosos num lar residencial e num lar social, e também creche com 66 crianças.
O responsável assegurou que as entradas são diferentes e que na creche não foi detetado qualquer caso, concentrando-se a maioria dos infetados no lar social e alguns casos no lar residencial.
A parte residencial foi construída para utentes com mais posses financeiras para poderem comprar um espaço vitalício, e com o propósito de ajudar a financiar as restantes respostas sociais.
O presidente da instituição disse à Lusa que este é o primeiro surto que enfrentam desde o início da pandemia, embora já tenham tido anteriormente casos isolados e uma morte associada à covid-19 por uma utente com outras patologias.
O distrito de Bragança tem atualmente sete surtos ativos em lares com maior dimensão.
Os mais recentes ocorrem na Obra Social Padre Migue e no lar de Outeiro, em Bragança, assim como no lar de Argozelo, em Vimioso.
Continuam ativos os surtos no lar do ‘Hospitel’ de Mirandela, no de Torre D. Chama, no mesmo concelho, em São Pedro de Serracenos, Bragança, e em Mós, no concelho de Torre de Moncorvo.
O distrito tinha 645 casos ativos, na quarta-feira, quando foi publicado o último relatório da situação da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste.
Foto: António Pereira