Os surtos de infeção pelo novo coronavírus que afetaram nas últimas semanas dois lares da Misericórdia de Vila Flor, no distrito de Bragança, estão praticamente ultrapassados, sem óbitos e sem hospitalização de idosos, disse hoje o provedor.
Em declarações à Lusa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Flor, Quintino Gonçalves, assegurou que o surto no lar Conceição Cabral está “ultrapassado” e a situação normalizada, depois de 27 dos 30 idosos terem testado positivo, assim como oito dos 20 funcionários.
Este surto surgiu em meados de janeiro, seguido de outro no lar Nossa Senhora do Remédios, propriedade também da Misericórdia, que indicou à Lusa que este último “está a ser ultrapassado”, completando-se no fim de semana o período para serem dados como curados os 33 dos 42 utentes e seis funcionários cujos testes deram resultado positivo.
Em nenhum dos lares ocorreram óbitos associados à covid-19, assim como nenhum dos infetados necessitou de ser hospitalizado, segundo o provedor, especificando que “não houve grandes sintomas”.
“Os mais usuais foram alguma tosse e diarreia, mas sem febres”, afirmou, acrescentando que a Misericórdia conseguiu prestar os cuidados necessários com as equipas próprias, em que se incluiu um médico, e com os equipamentos de que dispõe.
Os surtos nos dois lares surgiram depois de já ter sido administrada a primeira dose da vacina contra a covid-19.
A Misericórdia de Vila Flor tem seis estruturas residenciais para idosos (ERPI).
É também proprietária da unidade de cuidados continuados local, que teve um surto, com cerca de 30 casos, em outubro de 2020, sem registo de óbitos.
Este concelho do distrito de Bragança tinha 106 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus no último relatório oficial de terça-feira.