O homem acusado de ter matado uma idosa de 85 anos, num lugar de Carrazeda de Ansiães, confessou hoje o crime, alegando estar alcoolizado e disse que não tinha intenção de tirar a vida à vítima.
O indivíduo de 49 anos tinha acabado de cumprir pena pelo mesmo crime, encontrava-se em liberdade condicional quando ocorreram os factos em julgamento e está agora acusado dos crimes de homicídio qualificado agravado e roubo agravado.
Segundo contou hoje ao tribunal, no dia das eleições legislativas de 04 de outubro terá sido surpreendido pela vítima num antigo café da família, entretanto encerrado, onde entrou partindo uma janela à procura de comida e bebida.
A idosa costumava usar as instalações que ficam do outro lado da rua da casa onde habita, no lugar da senhora da Ribeira, em Carrazeda de Ansiães, no distrito de Bragança.
O homicida confesso alegou que, ao vê-lo, a mulher começou a gritar e que só tinha intenção de se afastar quando pegou num pau de uma vassoura com que a agrediu.
Reconheceu ainda que se apercebeu que a vítima estava morta e roubou-lhe os brincos e um colar.
"É verdade que roubei a vida à senhora, mas não estava sozinho, estava com o álcool", disse.
Com a confissão, o tribunal acabou por dispensar parte das testemunhas arroladas neste processo que marca o regresso dos julgamentos ao Tribunal de Carrazeda de Ansiães, que tinha sido transformado em secção de proximidade na reforma judiciária.
O arguido encontra-se em prisão preventiva e tem "extensos antecedentes criminais", incluindo o crime de homicídio. Encontrava-se em liberdade condicional há cerca de quatro meses, apôs cumprimento de pena de cadeia, quando a idosa foi assassinada.
A vítima foi encontrada morta por um irmão que deu o alerta às autoridades, contando que a encontrou caída com sinais de violência.
O suspeito foi detido poucos dias depois do crime que ocorreu num local isolado.
O indivíduo é solteiro e incorre na pena máxima de 25 anos de prisão.
Lusa