Os oito alunos, com idades entre os 13 e os 16 anos, alegadamente envolvidos num episódio de sodomização de um outro, de 11 anos, em Vimioso, no distrito de Bragança, foram suspensos hoje e durante quatro dias.
Fonte do Ministério da Educação avançou à Lusa que a suspensão começou hoje e termina na sexta-feira.
Várias fontes ouvidas anteriormente pela Lusa confirmaram que o episódio de sodomização ocorreu no dia 19, no interior do estabelecimento de ensino, “com recurso a uma vassoura”, e na presença de uma funcionária, pelo menos, que “nada fez” para travar os supostos agressores, informação que também consta de uma exposição da Junta de Freguesia de Vimioso, enviada na semana passada à Lusa.
Segundo estas fontes, policiais e locais, dois dos agressores têm 16 anos - já podem responder criminalmente - e um deles é irmão da vítima, tendo completado 16 anos no dia da suposta agressão sexual.
Os restantes alunos alegadamente envolvidos na ocorrência têm entre 13 e 15 anos.
O presidente da Câmara de Vimioso disse hoje à Lusa que o município mostra preocupação perante esta situação, acrescentando que o Agrupamento de Escolas, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e as entidades judiciais e policiais estão a acompanhar este caso.
“O município dará todo o apoio perante esta situação”, sublinhou Jorge Fidalgo.
A alegada agressão sexual aconteceu no dia 19, mas só três dias depois é que a GNR foi informada da ocorrência.
Apenas nesse dia o aluno foi levado ao Centro de Saúde de Vimioso e depois ao hospital de Bragança.
Há uma semana, no local estiveram inspetores da Polícia Judiciária e, na quarta-feira, a vítima foi encaminhada para o Instituto de Medicina Legal, no Porto, para realização de perícias, ou seja, cinco dias depois do alegado episódio de sodomização.
Em resposta enviada na sexta-feira à Lusa, o Ministério da Educação (ME) disse que o Agrupamento de Escolas de Vimioso, ao tomar conhecimento do sucedido, procedeu à “instauração de 10 processos disciplinares a alunos que terão estado envolvidos no caso do aluno que terá sofrido a alegada agressão”.
O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.
A Lusa questionou o Agrupamento de Escolas de Vimioso, continuando a aguardar resposta, e tem tentado contactar, por várias vezes, a diretora Ana Paula Falcão, que até ao momento também não atendeu as chamadas.
Foto: AP