O grupo inglês Symington, proprietário de várias quintas na região do Douro e um dos maiores produtores de Vinho do Porto, acaba de oferecer mais dois novos equipamentos ao Centro de Saúde de Alijó um ventilador e um monitor de sinais vitais, que custaram mais de 20 mil euros. Nos últimos anos, o mesmo grupo já tinha doado à mesma instituição um equipamento de raios X e, ainda, um desfibrilhador.
\"Solicitámos ao centro que nos indicasse o que mais precisavam e comprámos os aparelhos\", explicou Paul Symington, um dos administradores do grupo. O mesmo se passou há anos, no Centro de Saúde de Vila Real, que também foi contemplado com a oferta de novas máquinas para diagnóstico clínico. \"Preferimos dar equipamento em vez de dinheiro, que pode ir parar a qualquer conta. Assim, sabemos que está cá e que é útil\", afirmou.
Paul Symington revelou ainda que estão a ponderar a aquisição de uma nova ambulância para os Bombeiros Voluntários do Pinhão. A corporação possui duas - uma delas oferecida pelo grupo britânico, há oito anos -, mas um acidente com uma das viaturas enfraqueceu a capacidade de resposta às necessidades. \"Precisam de uma ambulância bem equipada. Custa 33 mil euros. Sozinhos ou em parceria com outra empresa, esperamos comprá-la este ano\", adiantou.
Aquele responsável justificou que a empresa tem \"grande responsabilidade\" para com a região, uma vez que cerca de 70 das 400 pessoas a quem garante emprego vivem em municípios durienses. \"Temos também um grande amor pela região, pois fomos criados cá\", acrescentou Paul.
O director do Centro de Saúde de Alijó, Amauri Martins, disse que as máquinas oferecidas pelo grupo inglês são \"fundamentais\" para a instituição, pois podem significar \"a diferença entre a vida e a morte\". O médico salientou a utilidade do equipamento de Raios X, oferecido há 12 anos, que ainda faz \"cinco mil películas por ano\", o que significa o atendimento a dois mil utentes anuais em serviço de urgência. Permite, sobretudo, diagnósticos mais apurados e evita transportes que teriam de ser feitos caso o aparelho não existisse.
Amauri Martins gostava de ver empresas portuguesas ter atitudes semelhantes à do grupo Symington. Por seu lado, o presidente da Câmara de Alijó, Artur Cascarejo, encara a oferta como um \"acto raro\" na região, que deve ser \"enaltecido\". Também ele lamenta que outras empresas \"não tenham este tipo de comportamentos\", pois, para continuar a extrair riqueza do Douro, \"também têm de contribuir para o seu bem-estar\".