Há táxis ilegais em Macedo de Cavaleiros. Dos 47 veículos de serviço de aluguer que circulam em todo o concelho, só 19 estão licenciados. Estes números foram adiantados pela autarquia macedense quando confrontada com uma denúncia do representante em Macedo de Cavaleiros da Associação Nacional de Táxis, ANTRAL. Segundo este delegado, há táxis que, há muitos anos, estão a trabalhar sem licença, o que, afirma, "é uma concorrência desleal que tem afectado o trabalho dos taxistas que cumprem a lei, tornando mais débil uma actividade que já conheceu melhores dias".
O mesmo sindicalista salientou que os taxistas, quando conhecedores de infracções, têm alertado as autoridades locais. As forças de segurança, quando confrontadas com esta posição, afirmaram que não existe nenhuma queixa formalizada, reconhecendo, contudo a existência de vários telefonemas realizados pelos taxistas a denunciar situações prevaricadoras. Segundo as forças de autoridade, as denúncias têm levado a uma fiscalização mais apertada.

Confrontada com as denúncias do delegado da ANTRAL, a Câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros responde que a acção fiscalizadora não é uma competência da autarquia, que tem como função licenciar os empresários. Os responsáveis camarários afirmaram, no entanto, que há actualmente 28 carros sem licença, já que de um total de 47 taxis, só foram passadas 19 licenças.
A autarquia prevê para um futuro próximo a criação de novas praças de táxis, bem como de um novo contingente, o que, afirma, deverá ajudar à supressão da circulação de carros sem licença.
Para além dos profissionais de transportes de aluguer, também os passageiros se queixam de irregularidades na cobrança dos serviços efectuados. Desde que os autocarros que substituíram os comboios na antiga linha do Tua terminaram, muitas foram as aldeias que deixaram de ter um meio de transporte regular que as ligasse à sede de concelho, tendo que optar pelo táxi.

Ao que foi possível apurar, nas aldeias de Carrapatas e Cortiços, que estão nas condições referidas, são vários os munícipes que se queixam, por um lado, de gastar mais dinheiro, mas também de irregularidades por parte de quem lhes faz o transporte. Os habitantes dizem que se juntam na expectativa de dividir o preço do transporte, mas que o motorista cobra esse mesmo valor a cada um dos passageiros. "Dantes a viagem até Macedo custava um euro e agora é o que calha", acusam.
Estas situações podem ser resolvidas se as populações tiverem acesso a transportes colectivos, o que é encarado como uma obrigação do estado. A autarquia está a estudar hipóteses de tentar compatibilizar horários com os autocarros de estudantes, na expectativa de devolver às populações um transporte mais económico.
A criação de uma rede colectiva de transportes de passageiros para o distrito de Bragança, conforme anunciado recentemente em Bragança, no decorrer de uma reunião entre autarcas e o Director Geral dos Transportes Terrestres, poderá ser a solução definitiva para a situação.



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