O teatro de Vila Real anunciou hoje uma programação com 50 iniciativas até dezembro, com cinco estreias no teatro e música, o festival Douro Jazz ou o encerramento das comemorações dos 20 anos do Douro Património Mundial.

É uma programação “intensa” que, segundo disse hoje o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, cruza duas dimensões: global e local e “projeta fortemente” o teatro no panorama artístico do país.

As propostas variam entre o teatro, dança, música e cinema.

“É uma programação extraordinária. Podemo-nos comparar com qualquer cidade de igual dimensão. É uma programação dinâmica, diversificada, abrange variadíssimos públicos e é também uma programação com um custo muito reduzido e em alguns casos até gratuito para quem aqui quiser vir”, salientou o autarca, que falava em conferência de imprensa.

Em 2021, as comemorações dos 20 anos da classificação do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial da UNESCO arrancaram no teatro de Vila Real com a ópera Mátria e, um ano depois, a 14 de dezembro terminam também nesta casa de espetáculos.

Rui Santos disse que, nesse dia, o teatro vai acolher a “estreia mundial” da peça sinfónica “Traços de Esplendor”, de Fernando Lapa com a Orquestra do Norte.

Trata-se, explicou, de um espetáculo organizado pela Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, com o apoio da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e da Câmara de Vila Real.

Antes, a 07 de dezembro decorrem as comemorações dos 750 anos da outorga do primeiro foral a Vila Real.

A vereadora da Cultura, Mara Minhava, disse que o evento inclui um enquadramento histórico e institucional da efeméride, bem como um concerto de Teresa Salgueiro e que a organização conta com o alto patrocínio da Presidência da República.

A responsável disse ainda que foram lançados desafios para projetos de colaboração entre criadores ou intérpretes locais e artistas de dimensão nacional e exemplificou com os Galandum Galundaina que vão partilhar o palco com o projeto vila-realense Trouxa Mouxa, “numa celebração da música tradicional transmontana”.

O diretor do teatro de Vila Real, Rui Araújo, explicou que “esta intensa” programação preparada para o último trimestre de 2022 resulta de “adiamentos que foram acontecendo ao longo do ano” e que foram, agora, agendados.

O festival de música Douro Jazz regressa a partir de 04 de outubro com seis concertos e tem como cabeça de cartaz, segundo o responsável, a atuação do norte-americano Stanley Jordan, “um dos maiores guitarristas de jazz da atualidade”.

“Todos os concertos têm um atrativo especial. Há um deles que é cantado em mirandês, há outro que é uma homenagem a Carlos Paredes, grande guitarrista português, o L.U.M.E que tem 15 músicos em palco, ou a Orquestra Jazz do Douro, aqui de Vila Real, que faz um concerto com um trio ‘Elas e o Jazz’”, salientou.

Incluído na programação do teatro municipal está também o ciclo Ponto de Guitarra, com três concertos, entre os quais o do argentino Roberto Aussel, bem como uma atuação da pianista ucraniana Yuliia Kompaniiets.

Entre as 10 propostas na área do teatro apresentadas para este trimestre incluem-se quatro estreias: “Paris” criado e interpretado por Ángel Fragua e Mara Correia, “Cosi Run Tutti” do Teatro Palmilha Dentada e Interferência – Associação de Intervenção na Pratica Artística, “Pulmão” de Duncan Macmillan e encenação de Ana Nave, e a “Teia” da Urze Teatro.

Nestes meses prosseguem as “Conversas de Bastidores”, um projeto iniciado em setembro e que propõe uma viagem pela arte a partir da biografia e da experiência de personalidades artísticas originárias da região, como Isabel Nogueira, Fernando Lapa e Carlos Azevedo ou João Botelho.

A comunidade local vai ser envolvida em ações de formação e workshops e, nesse sentido, Rui Araújo destacou o espetáculo de dança contemporânea “Margem”, baseado no romance “Capitães de Areia”, do brasileiro Jorge Amado, que vai com contar com a participação de oito crianças de Vila Real.



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