Foi apresentado em ,Alfândega da Fé, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, o projeto vencedor do Orçamento Participativo de Portugal 2017, intitulado “O Teatro e as Serras – Pólo de Criação da Serra de Bornes”.

 

A 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a arte chegou sob a forma de teatro com a apresentação do projeto vencedor da primeira edição do Orçamento Participativo de Portugal (OPP) 2017 na área da Cultura/Região Norte. Intitulado “O Teatro e as Serras – Pólo de Criação da Serra de Bornes”, a apresentação promovida pela companhia Filandorra – Teatro do Nordeste, contou com a presença do diretor Regional de Cultura do Norte, António Manuel Ponte e de autarcas dos municípios envolvidos nos restantes núcleos de teatro.

Apesar da ideia ter nascido em Alfândega da Fé, a verdade é que a iniciativa se estende a outras serranias da região norte. Assim, a partir das 16 horas, foi possível assistir a diversas performances teatrais levadas a cabo pelo grupo de teatro de Alfândega da Fé- TAFÉ.

Para gáudio dos muitos visitantes que, no domingo, último dia da Festa da Cereja, fizeram questão de conhecer e passear pelo recinto do certame, as “Teatrices” levaram o teatro ao coração do maior evento anual do concelho, espalhando boa disposição, alegria e animação por terras de Alfândega.

Teatro e cultura andaram, de facto, de mãos dadas e em destaque num dos principais eventos da região, onde sempre foi dado um lugar privilegiado à criatividade. Esta iniciativa acaba, assim, por assentar na premissa de transportar o teatro a várias aldeias espalhadas pelo nordeste transmontano, descentralizando a cultura das sedes de concelho.

Questionado sobre a importância de descentralizar a cultura para além das fronteiras da sede do concelho para as aldeias circundantes, o diretor Regional de Cultura do Norte assevera que “a cultura é, hoje, um alimento essencial e transversal a toda a sociedade”.

Nas palavras de António da Ponte, atualmente, “procuramos cada vez mais ter uma leitura da cultura que parte da comunidade e que regressa à comunidade. De facto, a cultura existe enquanto é agente de transformação das comunidades, ela materializa-se nas comunidades, acaba por ser a leitura das tradições, dos hábitos e dos modos de viver porque é essa cultura comum que nos permite viver em comunidade e, depois, regressa através das expressões artísticas que nós conseguimos fazer chegar a cada comunidade".

De acordo com o diretor Regional de Cultura do Norte, esta oportunidade que o OPP abre é, precisamente, "serem as pessoas a escolherem as manifestações que querem que lhes cheguem mais perto".

E se no ano transato, na primeira experiência do OPP houve cerca de 500 candidaturas a nível nacional, este ano, frisa o membro do Governo, “já estamos quase nas 700 candidaturas”. O investimento foi, também, alvo de um incremento de dois milhões de euros, passando, assim, de três para cinco milhões no espaço de 12 meses, entre 2017 e 2018.

Já Berta Nunes, assume que pretende “aproveitar este Orçamento Participativo para trazer mais recursos para podermos fazer, ainda, mais teatro porque nós temos, de facto, feito esse trabalho, mas com os próprios recursos da autarquia”. A edil alfandeguense sabe que “o teatro no interior não tem tido assim tantos apoios” e, por isso, reitera, “tentámos aproveitar este Orçamento Participativo para trazermos mais recursos, concretizando este projeto que liga vários concelhos e que se chama “O Teatro e as Serras””.

Do ponto de vista da autarquia, Berta Nunes sublinha que "temos lutado por conseguir que as pessoas que vivam no interior tenham, também, acesso à cultura". Até porque, frisa a presidente do município alfandeguense, "sabemos que muitos dos recursos do Ministério da Cultura vão para cidades como Lisboa ou Porto e têm sido as autarquias a manter este esforço de permitir o acesso à cultura das pessoas que vivem no interior porque, para nós, a cultura também é um direito".

 



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