O português Tiago Monteiro (Honda) pediu mais corridas em Vila Real, no próximo ano, depois de hoje ter desistido da segunda de duas corridas da Taça do Mundo de Carros de Turismo (WTCR) disputada na cidade transmontana.
Na conferência de imprensa após a prova, o piloto natural do Porto reconheceu que “foi um dia complicado”, depois de ter sido 11.º na primeira corrida e abandonado na segunda da quinta das sete jornadas da competição.
“Não foi o fim de semana perfeito. Nem em resultados, nem em corridas. Esta época tem sido assim, um pesadelo. Continuamos a trabalhar e a sorte vai mudar. Já corro há 25 anos e há anos difíceis”, reconheceu o piloto português da Honda, que caiu para a última posição do campeonato, após a quinta ronda hoje disputada.
A prova do WTCR estava integrada na 51.ª edição do Circuito Internacional de Vila Real.
Tiago Monteiro sublinhou que “o espetáculo foi bom” para o público, que não regateou aplausos ao único português a disputar esta competição e que foi à cerimónia final do pódio, onde as centenas de pessoas presentes entoaram o hino nacional à capela.
“Sou o piloto da terra mas todos os fãs gostam de corridas. É para isto que corremos. É bom estar de volta e espero ficarmos por bastante tempo. Voltar aqui com este ambiente é indescritível. As imagens na televisão são incríveis, as corridas foram fantásticas. Estão todos de parabéns e no próximo ano tem de haver mais”, destacou Tiago Monteiro.
O piloto português reconheceu ainda que os resultados deste fim de semana foram “diferentes” daqueles a que está “habituado”.
“Na minha carreira já passei por momentos complicados e este está a ser muito difícil mas sei como dar a volta. Estamos no bom caminho e sabemos como fazê-lo”, disse.
Já o britânico Robert Huff (Cupra), vencedor da segunda corrida, considerou o resultado “incrível”.
“Viemos para esta temporada sem grandes aspirações. Duas semanas antes do arranque do campeonato não estávamos a contar participar. É incrível partilhar desta paixão. Tudo tem corrido bem”, disse.
O britânico explicou que esta corrida “tem tudo a ver com estratégia” mas que os problemas sentidos no rádio do carro durante o fim de semana atrapalhou a normal comunicação com a equipa, tornando “mais difícil ter a informação quando necessário”.
Para o piloto britânico, a cereja no topo do bolo foi a cerimónia do pódio.
“Adoro vir aqui e o pódio é qualquer coisa”, concluiu.
O húngaro Attila Tassi (Honda), segundo classificado, disse que “é incrível estar de volta” a Vila Real, depois de ter sido segundo em 2019, ano da última visita do campeonato a Trás-os-Montes.
“Em 2019 tive a oportunidade de partilhar o pódio com o Tiago. Infelizmente, hoje não foi possível”, lamentou.
Tassi mostrou-se “muito satisfeito” com este resultado, num ano que “está a ser muito difícil para a equipa”, que partilha com o piloto português.
O espanhol Mikel Azcona (Hyundai) mantém a liderança do campeonato, depois de ter sido terceiro classificado.
“Liderar é sempre bom. Tudo pode acontecer num fim de semana e temos de manter este ritmo”, comentou.
A próxima ronda disputa-se em Itália, de 22 a 24 de julho.
Fotografia: Bruno Taveira