A Assembleia Municipal de Chaves aprovou na passada quarta-feira a criação de uma comissão a favor do Pólo de Chaves da UTAD. Essa comissão vai ser integrada por representantes dos partidos políticos, da Câmara e da Assembleia Municipal e ficará encarregue de ir a Lisboa falar com o Primeiro Ministro e saber, nomeadamente, quando é que a obra vai avançar definitivamente e com que dinheiro.
A constituição da comissão surgiu na tentativa de conciliar as propostas do PS e do PSD. A proposta do PS, apresentada à AM pelo presidente do grupo parlamentar do PS, Francisco Melo, ia no sentido de avançar já com formas de luta, designadamente a realização de uma manifestação já na próxima quarta-feira.
Mas a proposta não mereceu o apoio do PSD, como era intenção do PS, que pretendia \"o apoio de todas as forças\".
Os sociais-democratas propuseram antes que se ouvisse primeiro Durão Barroso acerca do assunto e só depois se partisse para a acção. Foi então que ficou decidido incorporar o conteúdo das duas propostas e criar a dita comissão.
Assim, primeiro, e logo que seja marcada a audiência com o Primeiro Ministro, será levada avante a proposta do PSD. No entanto, se com a ida à capital \"não se conseguir nada\", serão, \"imediatamente\" adoptadas as propostas do PS, ou seja, \"acções de rua com visibilidade\", que contarão com o apoio do PSD e das restantes forças partidárias com assento na Assembleia Municipal - a CDU e o CDS-PP.
\"UTAD não é
cliente único\"
Antes da aprovação da comissão, o presidente da Câmara de Chaves já tinha abordado a questão da UTAD. Primeiro, para dizer que se deveria abdicar da palavra \"Pólo\", a favor de universidade, pois, no seu entender, esse vocábulo menoriza o que está em causa. E o que está em causa, disse, \"é uma instituição a que Chaves têm direito. A UTAD não é de Vila Real é de Trás-os-Montes\".
Feita a consideração, o autarca referiu também que Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro \"não é o único cliente\" a quem a Câmara de Chaves tem para \"oferecer\" condições para a instalação de ensino superior. \"Isso é ponto assente\" e, por isso, \"Chaves não vai ficar sem ensino superior\". No entanto, João Baptista não revelou o nome dos \"clientes\" a que se referia.
Delegação do MNE fica
Afinal, a delegação de Chaves do Ministério dos Negócios Estrangeiros não vai encerrar como estava previsto, no âmbito das remodelações anunciadas pelo Governo de Durão Barroso. A \"boa-nova\" foi revelada pelo presidente da Câmara de Chaves, João Baptista, no decorrer da última Assembleia Municipal, que teve lugar na passada quarta-feira. O autarca flaviense referiu que esse foi o resultado de um encontro que manteve com o secretário de Estado das Comunidades e de um protocolo estabelecido entre a autarquia e a aquela secretaria de Estado, no sentido de permitir que a delegação continue em funções.
Entre outras coisas, João Baptista revelou também aos deputados municipais que vão ser construídas mais quatro infra-estruturas no complexo do Rebentão, onde já está instalado o parque de campismo e onde estão em execução as piscinas municipais: um circuito de manutenção, um restaurante-escola, que estará ligado à Escola Profissional - onde existe um curso na área da restauração - uma sala de reuniões e ainda uma quinta biológica, onde serão colocados determinados animais.