Todos os 12 concelhos do distrito de Bragança perderam população na última década, com um decréscimo de 13.448 residentes, segundo os resultados do Censos 2021 divulgados hoje.

Os dados finais apurados indicam que esta região tem agora 122.804 residentes, enquanto em 2011 residiam neste, que é um dos maiores distritos portugueses em termos de área territorial, 136.252 pessoas.

Os resultados definitivos mostram uma perda de população ligeiramente superior, em 44 habitantes, à apontada nos dados provisórios divulgados em junho de 2021.

Com uma perda global de população na ordem dos 10%, a maior redução no distrito, de 20,42%, regista-se no concelho Torre de Moncorvo, onde vivem 6.826 pessoas, segundo Censos.

Alfândega da Fé, onde vivem 4.324 pessoas, tem a segunda maior perda, de 15,34%, seguindo-se Freixo de Espada à Cinta com 3.2016 habitantes, menos quase 15% que em 2011.

Vinhais apresenta uma redução de 14,32%, com 7.768 habitantes, Carrazeda de Ansiães de 13,86%, mantendo 5.490 pessoas, e Miranda do Douro de 13,62%, com 6.463 residentes.

Os três maiores concelhos da região apresentam a mesma tendência, inclusive Bragança, que deixou de ser o único com resultado positivo, apresentando uma redução de 2,15% e contabilizando 34.582 habitantes.

O segundo maior município, Mirandela, tem agora 21.384 residentes, depois de uma perda de 10,32% da população, e em Macedo de Cavaleiros vivem 14.251 pessoas, menos 9,67% que em 2011.

Uma redução de 11,14% deixa Vimioso com 4.149 residentes, Mogadouro perdeu 13% da população, ficando com 8.301, e Vila Flor tem 6.050 habitantes, com uma quebra populacional de 9,66%.

De acordo com os resultados definitivos do Censos 2021, Portugal perdeu 2,1% da população entre 2011 e 2021, invertendo a tendência de crescimento registada nas últimas décadas.

"Residiam em Portugal, à data do momento censitário, dia 19 de abril de 2021, 10.343.066 pessoas (4.920.220 homens e 5.422.846 mulheres), o que representa um decréscimo de 2,1% face a 2011", adiantou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com o INE, essa redução constitui uma inversão na tendência de crescimento da população que se verificou nas últimas décadas e representa a "segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População".

Foto: António Pereira



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