O Plano Municipal de Prevenção Primária das Toxicodependências da Câmara de Chaves para o próximo ano, que se insere na estratégia nacional de luta contra a droga e a toxicodependência, foi apresentado na passada quarta-feira no auditório do São Francisco Hotel. O plano dirige-se ao escalão etário compreendido entre os 12 e os 15 anos e, segundo os responsáveis concelhios, vai ter em atenção a prevenção em meio familiar e escolar, a ocupação de tempos livres e a recuperação de crianças que abandonam a escola ou têm insucesso escolar.
A execução dos projectos irá estar a cargo da Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Nadir Afonso, da Associação Promotora da Escola de Enfermagem de Chaves e da Santa Casa da Misericórdia de Chaves e de Boticas.
Embora a vereadora da Câmara, Lurdes Campos, tenha informado que as entidades não possuem ainda números referentes aos consumidores de substâncias tóxicas no concelho de Chaves, lembrou que a importância daquele plano, deriva do facto de Chaves ser \"uma porta de entrada no país e, por isso, um potencial circuito de droga\".
O presidente da edilidade, João Batista, por seu turno, referiu que o Plano Municipal de Prevenção Primária das Toxicodependências \"faz parte de um conjunto de projectos sociais nos quais a Câmara está envolvida e que pretendem, de forma integrada, melhorar a qualidade de vida das pessoas\".
No ano passado, os municípios de Chaves e de Alijó foram pioneiros no país na execução daqueles planos, aos quais também já aderiam, este ano, as autarquias de Valpaços e do Peso da Régua, todas do distrito de Vila Real.
Segundo a responsável do núcleo de Vila Real do Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IPDT), Ema Gonçalo, na sua área de intervenção ainda poderão ser estabelecidos muitos mais protocolos com vista à implementação de planos semelhantes ao agora apresentado. \"Isto justifica-se porque o distrito de Vila Real foi considerado prioritário em termos de prevenção\", disse aquela responsável, referindo-se ao estudo realizado pelo IPDT em 2001, \"que apresentou números de consumo de drogas muito surpreendentes\" neste distrito transmontano.