Os trabalhadores do Hotel e Casino de Chaves, no distrito de Vila Real, vão fazer uma greve entre sexta-feira e sábado para reivindicar um salário mínimo de 850 euros e a redução do horário de trabalho, anunciou hoje o sindicato.
Em comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte referiu que os trabalhadores vão formar um piquete de greve a partir das 14:00 à porta do casino e do hotel.
Prevendo uma “grande adesão” ao protesto, o sindicato adiantou que o objetivo dos trabalhadores é exigir a melhoria das suas condições de vida e de trabalho, nomeadamente um aumento de 90 euros por cada trabalhador e o estabelecimento do salário mínimo na empresa de 850 euros.
Além disso, defendem o pagamento de 140 euros mensais de trabalho por turno e a atualização das diuturnidades para 30 euros, do subsídio de alimentação nas férias para 150 euros e do prémio de línguas para 50 euros mensais.
Das reivindicações fazem ainda parte a progressão na categoria profissional de três em três anos, 25 dias úteis de férias para todos os trabalhadores sem qualquer penalização e a redução do horário de trabalho para o máximo de 35 horas semanais, igualdade nas escalas de horário e a garantia de folgas ao fim de semana uma vez por mês.
A isto, os trabalhadores acrescentam o pagamento do abono de falhas a todos os trabalhadores e a sua atualização para 60 euros por mês e o pagamento do trabalho prestado ao fim de semana com um acréscimo remuneratório de 20%.
Estes defendem ainda a celebração de um acordo de empresa que regulamente os direitos, deveres e garantias das partes.
“O Casino de Chaves paga salários muito baixos aos trabalhadores do setor do jogo. O salário mínimo dos trabalhadores do jogo no Casino de Chaves já foi cerca de 150 euros acima do Salário Mínimo Nacional (SMN), mas, atualmente, a esmagadora maioria destes trabalhadores auferem apenas o SMN”, adiantou o sindicato.
E, acrescentou, “os trabalhadores trabalham por turnos, à noite, ao sábado e domingo, mas não recebem qualquer valor adicional. O trabalho prestado em dia feriado e em dia de descanso semanal é também muito mal pago".
O sindicato revelou que solicitou duas reuniões à Solverde, que explora o Casino e o Hotel de Chaves, mas não obteve resposta.
“Face à recusa ao diálogo e à negociação, o sindicato solicitou uma reunião ao Ministério do Trabalho com a empresa, mas a Solverde faltou à reunião”, confidenciou ainda.
A Lusa tentou obter uma reação por parte da Solverde, mas sem sucesso até ao momento.