Só este ano, em Trás-os-Montes, seis pessoas perderam a vida em acidentes com tractores agrícolas. O distrito de Bragança foi aquele onde se registaram mais acidentes mortais, com quatro casos, tendo os outros dois ocorrido no distrito de Vila Real.

Os números estão a preocupar as autoridades da região, que consideram estarmos perante uma elevada taxa de sinistralidade, que ainda engloba cerca de uma dezena de feridos.

Destes acidentes, 90% ocorreram em propriedades privadas, facto que impede a actuação das autoridades policiais na verificação da legislação de segurança rodoviária para o sector.

\"Muitos agricultores não usam a protecção do habitáculo, vulgo arco de Santo António, que protege os condutores das máquinas agrícolas em caso de reviramento\" disse ao Correio da Manhã o comandante dos Bombeiros de Valpaços, Jorge Sampaio, explicando que \"a maioria dos lavradores só coloca a protecção quando circula nas estradas, por causa das multas\".

O problema é que, no trabalho agrícola, a protecção bate nas árvores e os agricultores acabam por retirá-la.

O director regional de Agricultura de Trás-os-Montes, Carlos Guerra, está preocupado com esta situação, referindo que \"algum facilitismo e falta de observância das regras de segurança têm contribuído para esta vaga de acidentes\".

\"Temos já feito campanhas de sensibilização junto dos agricultores e até no próprio documento do gasóleo verde, mas sem grande sucesso\", acrescentou.

De resto, Carlos Guerra sublinha que , em Trás-os-Montes existem cerca de 35 mil tractores e que \"a maioria cumpre as regras.



PARTILHAR:

Idoso desaparece de hospital

«Sem água não há projecto»