O Túnel do Marão foi atravessado por 33 milhões de veículos em oito anos, tendo atingido, em 2023, um tráfego médio de 13.778 viaturas e uma receita de 13,4 milhões de euros, segundo a Infraestruturas de Portugal (IP).

Com cerca de seis quilómetros de extensão, o Túnel do Marão está inserido na Autoestrada 4 (A4), entre Amarante e Vila Real, foi inaugurado a 07 de maio de 2016 e abriu ao tráfego às 00:00 do dia a seguir, 08 de maio.

Em resposta a um pedido de informações da agência Lusa, a IP disse hoje que, nestes oito anos, o Túnel do Marão se tornou no trajeto “preferencial de todos os que acedem de e para a região de Trás-os-Montes, tendo já sido atravessado por mais de 33 milhões de viaturas”.

De acordo com a empresa, desde 2016, e com exceção do período da pandemia, o tráfego que utiliza o Túnel do Marão tem vindo a aumentar de ano para ano, tendo atingido um tráfego médio diário de 13.778 veículos em 2023.

“O que representa um crescimento de 25% face ao registado no início da sua exploração e é revelador da importância desta infraestrutura para a mobilidade na região”, salientou a IP.

Este é um troço portajado da A4 e, segundo a IP, as receitas com portagens atingiram os 13,4 milhões de euros em 2023.

A empresa não adiantou qual o custo da manutenção do túnel, salientando, no entanto, que a “manutenção, operação e assistência no local são asseguradas presencialmente 365 dias por ano por equipas ao serviço da IP”.

As portagens no Túnel do Marão poderão ser abolidas, já que estão incluídas no projeto de lei do PS para eliminar as portagens nas ex-SCUT que foi aprovado na semana passada no parlamento, com os votos a favor dos socialistas, Chega, BE, PCP, Livre e PAN, a abstenção da IL e o voto contra do PSD e do CDS-PP.

A proposta do PS - a única que foi aprovada - pretende acabar com as portagens na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 - Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 – Minho nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.

De acordo com os socialistas, a medida tem um impacto orçamental de 157 milhões de euros.

Classificando o túnel como uma “obra maior da engenharia nacional”, a IP sublinhou que se trata de “uma infraestrutura rodoviária moderna e segura”.

É constituído por duas galerias gémeas, cada uma com um comprimento de 5.680 metros, o que o coloca como o mais longo do país e um dos maiores da Península Ibérica, e dispõe dos mais avançados sistemas e equipamentos de segurança ativa e passiva, permitindo uma monitorização permanente com base no Centro de Controlo de Tráfego do Pragal.

“É com grande orgulho e sentido de missão que a Infraestruturas de Portugal continuará a assegurar diariamente a operação do Túnel do Marão, garantido a sua disponibilidade ao serviço da mobilidade das populações, da dinamização da economia regional e nacional e da coesão territorial”, realçou a empresa.

A Autoestrada do Marão - Túnel do Marão - permitiu a conclusão da A4, que liga o Porto a Bragança, melhorou a mobilidade na região de Trás-os-Montes, contribuiu para a redução da sinistralidade rodoviária e tornou-se na alternativa ao sinuoso Itinerário Principal 4 (IP4).

Este troço da A4 entrou em funcionamento depois de sete anos de obra, três paragens nos trabalhos e do resgate pelo Estado.



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