Os núcleos e associações empresariais de Trás-os-Montes e Alto Douro defendem a criação de uma única comunidade urbana na região.
"As divisões nunca contribuíram para o desenvolvimento, não podemos ficar com comunidades pequenas e frágeis porque frágeis já nós somos, temos de aproveitar esta oportunidade para criar uma comunidade forte com poder reivindicativo", sustenta Jorge Gomes, presidente do NERBA (Associação Empresarial de Bragança) que em conjunto com a NERVIR (Associação Empresarial de Vila Real) e a ACISAT (Associação Empresarial do Alto Tâmega), promoveram um debate sobre a reorganização administrativa em curso.

A sociedade civil e o sector empresarial não são chamados directamente à discussão mas ainda assim as associações empresariais quiseram fazer chegar os seus argumentos aos autarcas, "e a nossa posição é clara, defendemos a criação de uma única comunidade urbana com toda a diversidade da região para não perdermos séculos de história que nos une ", acrescenta. A ideia de conseguir escala e dimensão agrada a Arlindo Cunha, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDRN), que num contexto de regionalização do país defende a constituição de uma única região Norte e com capital em Trás-os-Montes. "Uma grande região precisa de massa crítica e poder político e económico, mas também coesão e equidade e, neste contexto, teria de se fixar a capital em Trás-os-Montes para conseguir essa coesão", justifica. Mas em causa não está a regionalização do país, mas sim um processo de descentralização que visa "criar um patamar intermédio de decisão entre o poder local e a administração central", diz.



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