Depois do voo inaugural de ontem com alguma polémica à mistura, a carreira aérea regional está a partir de hoje oficialmente “no ar”.

 

O primeiro voo oficial da carreira aérea entre Trás-os-Montes e o Algarve descolou esta quarta-feira às 7h30 com sete passageiros a bordo e regressou a Bragança exatamente à hora prevista, 17h30, com uma taxa de ocupação já superior a 60 por cento. A aeronave Dornier 228 passou por Tires, Viseu, Vila Real para, finalmente, aterrar na capital de distrito, encerrando o dia 23 com a presença de alguns jornalistas a bordo que aproveitaram para conhecer a rota aérea.
“Foi muito bom! Tivemos alguns passageiros, o que é ótimo, dado que a linha começou hoje. O voo realizou-se de uma forma normal, não houve atrasos, exceto no voo da manhã e por razões mais a ver até com ser o início da linha”, adiantou o comandante da Aero Vip, referindo-se ao primeiro voo, na chegada a Bragança. “Agora, o voo para cima foi tranquilo e, felizmente, já estamos aqui em Bragança. Amanhã retomaremos o voo às 7h30”, afirmou Sérgio Leal ao único órgão de comunicação social do distrito presente na chegada da aeronave. O comandante integra um grupo de quatro tripulações que, por turnos diários, serão responsáveis pela manutenção da nova linha aérea regional, concessionada pelo Estado à Aero Vip por 7,8 milhões de euros durante um período de três anos.
“O Dornier 228 é uma aeronave para um tipo de operação muito específica com aterragem em pistas curtas. É precisamente o que nós necessitamos para este tipo de ligação aérea, nomeadamente em pistas pequenas como Portimão, Viseu e Vila Real”, informou Sérgio Leal, advogando que não há muitos modelos que superem a performance deste avião. “Nós já temos algum histórico porque fizemos três anos desta linha e esperamos, agora, fazer muitos mais”, afiançou o responsável, confiante naquilo que o futuro lhe reserva.

 

Autarca força avião a aterrar em Viseu

 

No dia anterior, terça-feira, a polémica também subiu a bordo. Dois autarcas do PSD ficaram indignados com o fato da viagem inaugural não ter saído de Bragança e do avião no caminho de regresso quase não ter aterrado em Viseu. O autarca de Bragança, Hernâni Dias, faltou à cerimónia do voo inaugural em Vila Real e até chegou a escrever ao presidente da Aero Vip para partilhar o seu desagrado. Já o edil de Viseu, Almeida Henriques, veio “à boleia” de Tires e obrigou o avião a aterrar na sua cidade, onde saiu. Alheio a toda esta situação esteve o ministro do Planeamento e Infraestruturas. O Ministério defende que Pedro Marques só aproveitou a viagem para visitar as obras do túnel do Marão e que nada tem a ver com a escolha de Vila Real como a cidade eleita para a cerimónia inaugural.
 

 



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