A presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar disse hoje que a passagem do complexo arqueológico de Tresminas a Monumento Nacional é mais um passo no caminho da classificação como Património da Humanidade.

“É o reconhecimento de um património único que temos no concelho. Além disso, nós temos a intenção de candidatar Tresminas a Património da Humidade e este será mais um avanço para que esta classificação possa acontecer”, afirmou Ana Rita Dias.

O Governo aprovou na reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira um decreto-lei que reclassifica o sítio arqueológico Minas Romanas de Tresminas, atualmente Sítio de Interesse Público, como Monumento Nacional.

É intenção do município do distrito de Vila Real agregar Tresminas ao complexo mineiro de Lás Médulas (Espanha), que é Património Mundial da UNESCO desde 1997, na categoria de paisagem cultural.

A candidatura conjunta prevê a implementação de um projeto cultural que tem como objetivo a valorização do legado mineiro romano na Península Ibérica.

No início do ano passado, o município de Vila Pouca de Aguiar submeteu uma candidatura à lista indicativa de Portugal ao Património Mundial.

Segundo Ana Rita Dias, em setembro a autarquia enviou mais documentos, “de clarificação” para juntar a este pedido, esperando, agora, que em breve haja “boas notícias” sobre este processo.

Em julho, foi assinado um protocolo entre o município e a Fundación Las Médulas, apadrinhado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), que visa estabelecer colaboração entre as partes com o objetivo de traçar uma estratégia mais ampla para a investigação, promoção e valorização da mineração romana, enquanto entidades que partilham este legado cultural como epicentro do desenvolvimento sustentável nas suas respetivas regiões.

O complexo mineiro romano de Tresminas representa uma das mais importantes explorações de ouro do Império Romano.

As minas foram geridas diretamente pela guarda do imperador romano. Aqui, a exploração de ouro decorreu ao longo de 450 anos e depois não teve mais intervenções.

Dos trabalhos de exploração resultou um conjunto monumental formado pelas cotas de exploração a céu aberto e por um complexo de poços e galerias subterrâneas.

Durante séculos, este património mineiro permaneceu bem preservado, o que motivou a sua classificação como Imóvel de Interesse Público (1997) e, em 2012, foram classificados alguns componentes do sistema de abastecimento de água a esta zona mineira como Monumento de Interesse Público.

“Dai a importância de avançarmos para a classificação como Património da Humanidade”, sublinhou Ana Rita Dias.



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