Treze partidos e/ou coligações apresentaram listas às eleições legislativas antecipadas de 18 de maio pelo círculo eleitoral de Bragança, o mesmo número das anteriores, num distrito que perdeu mais de 1.400 votantes num ano.

O distrito de Bragança já chegou a eleger cinco deputados, mas atualmente são três.

Em 2024, foram eleitos Hernâni Dias e Nuno Gonçalves pela coligação Aliança Democrática (AD), que juntava Partido Social-Democrata, CDS – Partido Popular e Partido Popular Monárquico (PPM), e uma deputada pelo Partido Socialista (PS), Isabel Ferreira.

Segundo dados da Comissão Nacional de Eleições, há 132.779 inscritos nos cadernos eleitorais no círculo de Bragança, menos 1.458 do que em 2024, ou seja, o distrito perdeu cerca de 1,1% de eleitores.

Comparativamente a 2022, sufrágio em que se registavam 137.572 inscritos para votar, a perda é mais evidente, agora com menos 4.793 votantes. Em relação a 2019, são menos 8.396.

Em 2024, a AD venceu no distrito de Bragança, com 40,01%, 29.077 votos, contra 29,64%, 21.538 votos, do PS.

Inverteu-se a tendência de 2022, em que o PS conseguiu dois mandatos, com 26.495 votos, e o PSD um, com 26.480 votos, uma diferença de 15 votos a menos.

O Chega foi a terceira força política mais votada nas legislativas antecipadas do ano passado, com 18,19%, com 13.216 votos, mais 7.597 do que em 2022. Contudo, foi o único círculo eleitoral do país pelo qual não elegeu qualquer deputado.

O Partido Alternativa Democrática Nacional (ADN) ficou em quarto, com 1.587 votos.

Para a corrida eleitoral antecipada deste ano, a renomeada coligação AD – Coligação PSD/CDS, volta a ser encimada em Hernâni Dias para cabeça de lista, de 57 anos, antes presidente da câmara municipal de Bragança e secretário de estado da Administração Local e Ordenamento do Território.

O candidato da AD demitiu-se do cargo governativo depois de notícias de que tinha criado uma empresa imobiliária já enquanto governante, e quando estava a ser alterada a chamada ‘lei dos solos’.

Júlia Rodrigues, 53 anos, autarca de Mirandela, médica veterinária e ex-deputada, suspendeu esta segunda-feira o seu segundo mandato municipal para encabeçar a lista do PS. Sucede a Isabel Ferreira, professora universitária e investigadora, que se apresentou aos munícipes em janeiro como candidata às eleições autárquicas deste ano para a capital de distrito.

O partido Chega também apresentou um candidato diferente, José Mário Mesquita, de 71 anos. Antes, a lista foi encabeçada por José Pires, professor e ex-presidente da junta de Sé, Santa Maria e Meixedo, a freguesia mais populosa de Bragança, entre 2013 e 2017, pelo PSD.

A CDU – Coligação Democrática Unitária PCP-PEV tem outra vez como primeira concorrente Fátima Bento, arqueóloga de Macedo de Cavaleiros, de 41 anos. O Livre voltou a apresentar Anabela Correia, com 24 anos, de Alfândega da Fé, assessora de profissão.

O PAN (Pessoas, Animais e Natureza) - tem em primeiro o também repetente Otávio Pires, empresário de 51 anos do concelho de Bragança.

A Iniciativa Liberal (IL) conta com Nuno Fernandes, de 48 anos, consultor de negócios de Bragança, a número um. O Bloco de Esquerda (BE) voltou a lançar Vítor Pimenta, médico de 42 anos, do distrito de Braga a residir em Bragança.

O Partido Popular Monárquico (PPM) concorre, desta vez a solo, com a ajudante de cozinha Maria dos Anjos Cidade, de Povoação, em Ponta Delgada, nos Açores.

O Volt, que não apresentou lista em 2024, apresentou César Valente, nutricionista de 40 anos residente no distrito de Leiria.

O ADN avançou com Bruno Coutinho, de 42 anos, médico psiquiatra, natural de Viana do Castelo a residir em Bragança.

O Ergue-te (E) tem Carlos Teles, reformado de 74 anos, de Santarém, como principal nome. O RIR - Reagir, Incluir, Reciclar – repetiu Damiana da Fonseca, contabilista de Ermesinde com 40 anos.

O Nova Direita e a coligação Alternativa 21, que concorreram em 2024, não apresentaram candidatos.

O número de eleitores, menos de 133 mil, continua a ser superior ao número de habitantes num dos maiores distritos em termos de área territorial de Portugal, mas com perda permanente de população.

O Census de 2021 revelou que vivem nos 12 concelhos do distrito menos de 123 mil pessoas, com a perda de mais de 13.600 habitantes numa década, comparando com 2011.



PARTILHAR:

Autarca de Torre de Moncorvo defende alterações ao modelo de concessão mineira

Treze partidos em Vila Real, ministra e autarca entre candidatos