Mirandela vai abrir ao público em julho os 13 quilómetros da Ecopista do Tua daquele concelho, no troço entre Carvalhais e Romeu da antiga linha ferroviária do Tua, informou hoje Júlia Rodrigues, a presidente da câmara.

As obras custaram 900 mil euros, 400 mil financiados pelo Turismo de Portugal, e estão em fase de conclusão.

A autarquia solicitou entretanto um reforço de verba para recuperar a ponte ferroviária do Romeu, a estação ferroviária da mesma freguesia e os apeadeiros.

“Acoplámos uma nova fase ao projeto. Para além das estações, que vão ser recuperadas, temos a ponte do Romeu, que é uma infraestrutura de beleza ímpar, um ícone desta ecopista. Já temos o projeto de execução. Fizemos uma nova candidatura ao Turismo de Portugal, para que possa financiar mais alguma verba para essa execução”, explicou a autarca socialista num encontro de trabalho com os jornalistas.

O investimento já feito serviu para regularizar o leito do canal ferroviário, que foi pavimentado. Foram ainda estabilizados taludes e colocadas instalações de guarda e sintética.

“A ecopista é um produto turístico muito apetecível para quem gosta de turismo de Natureza, ar puro e exercício físico”, considerou Júlia Rodrigues.

A reabilitação da estação ferroviária de Mirandela, incluída noutro projeto de financiamento, está acabada e tem inauguração prevista para 25 de julho, dia em que se iniciam as festas da cidade.

A intervenção ficou orçada em 2,5 milhões, comparticipadas a 85% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

A Ecopista do Tua tem uma extensão total de cerca de 70 quilómetros e é um projeto intermunicipal iniciado em 2017 que visa unir Mirandela, Macedo de Cavaleiros e Bragança através da reconversão do corredor ferroviário desativado há mais de 30 anos.

A circulação ferroviária entre a capital de distrito e Mirandela foi interrompida em dezembro de 1991.

Ao concelho de Mirandela dizem respeito 13 quilómetros de troço, com os trabalhos quase terminados e abertura agendada para julho.

No concelho de Macedo de Cavaleiros passam 24 quilómetros. A Lusa contactou o município que adiantou que cinco quilómetros da ciclovia em meio urbano estão já terminados e a funcionar. Oito quilómetros, entre o Quadrassal até Grijó, estão em fase de conclusão. Os últimos 11 quilómetros têm a obra já adjudicada.

No concelho de Bragança estão os restantes 33 quilómetros da via.

Fonte da câmara municipal brigantina avançou que a empreitada está executada na totalidade, faltando apenas trabalhos de pintura da antiga ponte de Remisquedo, o que ainda não foi possível devido às condições meteorológicas adversas.

Foram intervencionadas três antigas pontes ferroviárias e três estações, que vão funcionar como albergues, havendo ainda projetos para reabilitar os apeadeiros.



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