O Tribunal de Vila Real condenou hoje um homem de 64 anos a três anos de prisão por ter abusado sexualmente da neta de nove anos.

O coletivo de juízes condenou o aposentado pelo crime de abuso sexual de crianças agravado por a vítima ser a própria neta e se encontrar a seu cargo naquele momento.

Os factos remontam a agosto do ano passado, quando a menina e a mãe, emigradas no Luxemburgo, estavam de férias em casa da família, localizada numa aldeia do concelho de Vila Real.

Na mesma tarde, o homem abusou por duas vezes da menina, na altura com nove anos, e foi depois a mãe da criança, e filha do agressor, quem apresentou queixa à polícia.

A mãe, ao chegar a casa, estranhou o comportamento da menina que acabou por lhe contar o sucedido e confessar que o avô a tinha feito prometer que não dizia nada a ninguém.

No mesmo dia, a vítima foi levada à urgência pediátrica e foi apresentada queixa na polícia.

A presidente do coletivo de juízes considerou que, durante o julgamento, foram provados todos os factos pelos quais o homem vinha acusado e disse ainda que a prova "era esmagadora" contra o arguido.

A juíza classificou o crime como "hediondo" e disse ainda que não ficou convencida do arrependimento do arguido que, "continua a achar que o que fez não é grave" e a minorar as consequências físicas e psicológicas para a criança.

Durante o seu testemunho em julgamento, o homem assumiu apenas alguns factos e, segundo a juíza, chegou a atribuir a responsabilidade do sucedido à própria criança.

A defesa disse que vai agora falar com o arguido e a família e só depois decidirá se avançará com recurso à decisão.



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