O Tribunal de Mogadouro decretou hoje prisão preventiva a cinco dos nove indivíduos detidos no âmbito de uma operação policial que decorreu na madrugada terça-feira que desmantelou uma rede de crime organizado, disse à Lusa fonte policial.
De acordo com mesma fonte, quatro indivíduos do mesmo grupo ficaram sujeitos à medida de coação de apresentação diária no posto policial da área da sua residência e proibição de contactos com os outros indivíduos do grupo.
À saída do tribunal, a GNR deteve um indivíduo do mesmo grupo sobre o qual pendia um mandado de detenção por crimes da mesma natureza, o qual será presente na sexta-feira ao Tribunal de Macedo Cavaleiros, no distrito de Bragança.
Na quarta -feira, o comandante do destacamentos da GNR de Moncorvo e Mirandela, capitão Hugo Torrado, acreditava que esta força policial deu um “duro golpe” numa rede de crime organizado que se dedicava à prática de furtos na região de Bragança.
No âmbito de uma investigação que durava há cerca de três meses na sequência de dezenas de crimes de furto ocorridos no distrito de Bragança, os militares da Guarda desenvolveram diversas diligências policiais que permitiram identificar um grupo de suspeitos, residentes no distrito de Vila Real, que, aproveitando o período da noite, arrombavam a portas de igrejas e estabelecimentos de restauração e bebidas, furtando dinheiro, tabaco e outros produtos ou objetos.
No seguimento da operação “Raia Verde”, os militares da Guarda deram cumprimento a cinco mandados de detenção, 14 mandados de busca, cinco domiciliárias e nove em viaturas, que culminaram na detenção de nove homens.
“Estes mandados foram dirigidos a suspeitos que nos últimos três meses praticaram duas dezenas de furtos. Estes crimes eram efetuados durante a noite, que é sempre um momento mais camuflado, para arrombar portas e assim proceder aos furtos dos bens, principalmente, dinheiro nas igrejas e tabaco e bebidas nos cafés ou associações”, explicou o capitão Hugo Torrado.
Para a GNR, para além do valor de todos os objetos apreendidos que foram furtados, há a salientar “ os valores dos danos que foram causados por estes 17 crimes”.
Da longa lista de objetos furtados constam: 483 isqueiros, 448 maços de tabaco, 249 cartuchos, 200 euros em notas, seis telemóveis, três viaturas, duas pulseiras em ouro, Uma moto roçadora, um computador, objetos em outros e centenas de moedas de diferentes valores.
Os nove detidos foram constituídos arguidos e serão presentes hoje ao início da tarde no Tribunal Judicial de Mogadouro, para aplicação de medidas de coação.
Esta operação contou com o reforço Grupo de Intervenção de Ordem Pública (GIOP), das equipas de Intervenção Rápida de Bragança, Vila Real e Viseu, das equipas cinotécnicas de Bragança e Braga, dos Núcleos de Investigação Criminal (NIC) de Mirandela, Miranda do Douro, Bragança e Chaves, das Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPCPC) de Mirandela e Bragança bem como dos Postos Territoriais de Mirandela e Valpaços.
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