Diminuir a sinistralidade e os excessos de velocidade, tornando os condutores “mais responsáveis”, são os principais objetivos do Novo Sistema Nacional de Controlo de Velocidade,  que irá incluir dois radares na Autoestrada Transmontana aos quilómetros 8 e 15.

 

Já entrou em funcionamento o primeiro radar do novo Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO). O radar instalado na A5, no sentido Cascais-Lisboa, foi o primeiro de 30 equipamentos móveis a distribuir por 50 cabines fixas instaladas em pontos sensíveis de Norte a Sul do país. No entanto, até janeiro de 2017, o Governo espera ter implementado na totalidade este novo sistema de controlo de velocidade. A Autroestrada de Trás-os-Montes e Alto Douro ou Autoestrada Transmontana contará com dois novos radares, localizados nos quilómetros 8 e 15 da também conhecida por A4.

“O principal objetivo do SINCRO é tornar os condutores mais responsáveis ao volante, diminuindo a sinistralidade e os excessos de velocidade”, declarou o secretário de Estado da Administração Interna na cerimónia que marcou a entrada em funcionamento deste primeiro radar. Jorge Gomes aproveitou, ainda, para revelar que o Governo lançará, em breve, um novo concurso para que em 2017 existam “mais 50 radares para colocar nas estradas portuguesas”. “Está provado, em toda a Europa, que esta é uma das boas formas para reduzir a sinistralidade. Isso, mais a nova carta por pontos, é a conjugação necessária para que os condutores passem a ter outro tipo de comportamentos na estrada”, desenvolveu o governante.

De salientar que os novos Locais de Controlo de Velocidade (LCV) estarão devidamente sinalizados para que os condutores sejam levados a diminuir a velocidade naquelas zonas, ainda que não saibam se o radar se encontra naquela cabine ou não.

Os equipamentos serão distribuídos por diversos locais, desde autoestradas, estradas nacionais, itinerários principais e itinerários complementares, sendo que a próxima cabine será instalada na autoestrada do Norte.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) espera que, já em Setembro, estejam em funcionamento os primeiros 25 LCV. Até ao final de Janeiro de 2017 prevê-se que o sistema esteja a funcionar em pleno, com um total de 50 cabines em que apenas 30 terão radares, que serão móveis e rodarão pelas diferentes cabines através de um sistema rotativo previamente definido pela ANSR.

Quer Jorge Gomes, quer o presidente da ANSR, Jorge Jacob, destacaram duas mais-valias que o novo sistema trará: a libertação de recursos humanos das forças de segurança, uma vez que o processamento das contraordenações vai ser automático, dispensando assim os polícias para outras funções e a redução do tempo entre o momento em que a infração é detetada até à notificação do proprietário da viatura, aumentando assim a eficácia de todo o processo.

De acordo com o presidente da ANSR, a escolha dos locais para a colocação dos novos radares já estava a ser estudada há algum tempo e teve em conta os locais que, entre 2007 e 2015, tiveram um nível de sinistralidade mais significativo. Ao todo foram analisados cerca de 179 mil acidentes. Durante o período em causa, no local onde foi instalado o primeiro radar do SINCRO, ocorreram, segundo a Brisa, 63 acidentes que vitimaram 86 pessoas, incluindo um morto e três feridos graves.

A primeira fase do SINCRO corresponde a um investimento de cerca de 3,2 milhões de euros, que inclui os custos das cabines, dos radares e ainda da manutenção e operação para um prazo de três anos.

Esta medida é considerada de extrema importância pelo Governo já que o último Relatório Anual de Segurança Interna relativo a 2015 e divulgado no início de Abril, contabiliza mais de 289 mil infrações por excesso de velocidade, sendo a violação mais comum do Código da Estrada.
 

LOCALIZAÇÃO DOS NOVOS RADARES

 



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