Reabre, na segunda-feira, o último troço da linha férrea do Tua, encerrado em Fevereiro de 2007. A decisão foi conhecida, ontem, em reunião dos presidentes do conselho de gerência da CP e do Metro de Mirandela.

O troço acidentado, entre Brunheda e o Tua, onde ocorreu o acidente de uma composição do Metro, provocado por um desabamento de terras e que causou três mortos, mantém-se encerrado, apesar dos trabalhos de reposição estarem prontos, desde Outubro.

No curto comunicado, a CP confirma o acordo de retomar o serviço. Ressalva que \"o troço fica condicionado por restrições de circulação\" decorrentes do relatório técnico do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, nomeadamente \"ao nível da velocidade comercial dos comboios\".

Assim, a viagem de Mirandela ao Tua, que, em circunstâncias normais, demora hora e meia, passaria a ser feita em mais de duas. Apesar disso, a decisão agrada ao presidente do Metro de Mirandela. José Silvano diz que prefere aceitar que a circulação \"seja retomada de imediato com toda a segurança\", aproveitando os anos que demora a construção da barragem, \"para que o percurso seja utilizado pelos cerca de 12 mil turistas que anualmente viajam na linha e que não se importam da velocidade do comboio, porque preferem observar a bonita paisagem do Vale do Tua\".

Acrescenta que o percurso comercial é apenas utilizado por cerca de cinco mil pessoas, por ano. Por isso, o edil está convicto que \"o potencial turístico da linha será agora mais explorado\", já que o acordo também contempla a possibilidade de organizar charters turísticos a qualquer hora, desde que não seja coincidente com os horários normais de circulação. Haverá quatro circulações diárias - duas em cada sentido - que garantem a ligação à Linha do Douro.

Quanto à barragem projectada para a foz do rio Tua, que vai submergir parte da linha, José Silvano é \"frontalmente contra a sua construção.

O presidente do Metro deixa um apelo aos restantes autarcas da área envolvente à linha do Tua, para que \"se unam em torno de um projecto de valorização e da linha e do vale do Tua.\"



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