A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste garantiu hoje que apenas 15 dos 283 enfermeiros especialistas ao serviço no distrito de Bragança não transitaram na carreira, contrariando a informação sindical de que há 50 nesta condição.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) manifestou-se, na terça-feira, em Bragança contra as condições da classe, apontando que “há 50 enfermeiros especialistas à espera de transitarem de carreira” e que a falta de reconhecimento da formação e de progressão nas carreiras com um atraso de mais de dois anos são os principais problemas nas unidades de saúde desta região.
Num esclarecimento por escrito enviado à Lusa, a ULS do Nordeste refere que esta entidade, que integra três hospitais e 14 centros de saúde no distrito de Bragança, tem no seu quadro 283 enfermeiros com especialidade e que, entre estes, “houve 15 enfermeiros que, sendo especialistas, não transitaram para a categoria de Enfermeiro Especialista, dado não reunirem as condições exigidas para o efeito”.
“A 01 de julho de 2019 transitaram para a categoria de Enfermeiro Especialista 176 enfermeiros da ULS do Nordeste, a totalidade dos profissionais de enfermagem que reuniam as condições legalmente exigidas para tal”, vincou aquela entidade.
O SEP organizou, na terça-feira, uma manifestação pública com apenas os dirigentes para chamar a atenção para os problemas laborais que continuam a afetar os enfermeiros e que foram expressos à comunicação social e em faixas colocadas no gradeamento do hospital de Bragança, o principal do distrito.
O dirigente do SEP Alfredo Gomes afirmou que a ULS do Nordeste “é uma das instituições daquelas que estão no grupo, no país, onde há mais enfermeiros especialistas que não transitaram” na carreira para uma categoria compatível com a formação.
“Aqui, pelas nossas contas e pelas situações que nos chegaram, são pelo menos aí uns 50 enfermeiros”, concretizou.
Outra situação local destacada pelo sindicato é “o número também bastante significativo na instituição” de enfermeiros que ainda aguardam que lhes sejam atribuídos os pontos para descongelamento da carreira, o que já deveria ter acontecido em 2018.