O acesso às consultas é a principal crítica ao atendimento nos centros de saúde de Bragança, onde a média da espera para ser atendido pelo médico de família é de cerca de um mês, revelou um inquérito à satisfação dos utentes.

A avaliação à satisfação dos utentes faz parte de um projecto da melhoria da qualidade iniciado há meio ano em todos os centros de saúde do distrito de Bragança, que prevê a realização de dois inquéritos anuais. Uma das componentes é a construção de um Manual da Qualidade com vista a melhorar o atendimento, uma vez que \"o atendimento administrativo é a primeira imagem das unidades de saúde e condiciona a satisfação /insatisfação dos utentes, e até a boa utilização dos serviços\", admitiu Berta Nunes, coordenadora da Sub-Região de Saúde de Bragança.

Os resultados dos inquéritos agora divulgados revelam que um dos maiores problemas, em todos os centros de saúde, é o acesso às consultas. \"Gostariam de marcar as consultas mais facilmente, as causas são organizacionais ou listas demasiado extensas\", acrescentou aquela responsável.

Com o projecto de melhoria da qualidade, a Sub-Região pretende que metade dos utentes passem a estar satisfeitos com a acessibilidade e outros aspectos da qualidade. Os acessos ao espaço físico foram outras das críticas apontadas no centro de saúde de Macedo de Cavaleiros, inaugurado há um ano e meio.

Os utentes reclamam sobretudo do elevador e das portas da entrada que \"são muito pesadas e têm de ser substituídas\", referiu António Pimentel, director da unidade, onde há 1500 doentes a descoberto, isto é, sem médico de família. A relação interpessoal entre o administrativo e o utente são outra situação que merece críticas aos utilizadores.



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