O secretário de Estado do Desenvolvimento Rural anunciou hoje, em Montemor-o-Novo, onde assinalou a abertura geral da caça, a reactivação ainda este ano do Conselho Nacional da Caça.
Rui Nobre Gonçalves disse à agência Lusa que ainda este mês será apresentado um novo formato de funcionamento deste órgão, desactivado há alguns anos por «desentendimentos sobre quem devia estar representado», estando em estudo «um novo sistema de representatividade».
Segundo disse, o novo regulamento do Conselho Nacional da Caça deverá ser aprovado em Novembro para entrar em seguida em funcionamento.
«Para alcançar o objectivo de ordenar todo o território cinegético até ao fim da legislatura (2009) é preciso a ajuda dos caçadores», disse Rui Nobre Gonçalves, frisando a importância de funcionamento de um órgão onde estão representados todos os intervenientes.
O Conselho Consultivo da Caça integra representantes do Governo, da administração, das associações representativas dos caçadores e das organizações ambientalistas, sendo o local para a tutela apresentar as suas orientações e os interessados expressarem os seus anseios e sugestões, afirmou.
Confrontado pelos caçadores com o risco de algumas populações coelhos poderem ser dizimadas devido à doença que há vários anos afecta a espécie, a mixomatose (uma infecção), o secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e Florestas anunciou que vai ser lançado um programa específico para seu estudo e tratamento.
Esse trabalho, disse, vai ser desenvolvido pelo novo Instituto Nacional de Recursos Biológicos, que, no âmbito da reestruturação em curso no Ministério da Agricultura, vai reunir o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Pesca s e o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária.
Segundo disse, a intenção é unir esforços e passar a participar na investigação sobre uma vacina que vem sendo desenvolvida em Espanha.
Rui Nobre Gonçalves afirmou ainda que foi já publicada a portaria que define as novas regras para as zonas de caça municipais e que vai permitir o acesso à caça dos caçadores com menores recursos, sendo objectivo integrar os que ainda caçam em regime livre.
«O acesso a estas zonas de caça foi bastante simplificado, ficou sem barreiras à entrada (dos caçadores), está aberto a todos», afirmou.