Em nenhum momento tantos portugueses abandonaram o seu País à procura de uma vida melhor, resultando num aumento da emigração catapultado pela crise e pela austeridade. No entanto, os números ficam aquém de grande parte dos restantes países europeus, de acordo com o Jornal de Negócios.

Os portugueses, contrariamente ao que se poderia pensar, não abandonam mais o seu país do que os restantes cidadãos europeus. Pelo contrário, o número de emigrantes a sair de Portugal fica abaixo da média europeia.

Os últimos dados do Eurostat, relativos a 2011, revelam que o número de emigrantes portugueses passou de 23,8 mil para 44 mil, o que corresponde a 0,42% da população portuguesa, sendo que a média da União Europeiase situa nos 0,8%.

No topo do ranking dos cidadãos mais emigrantes estão os irlandeses, com uma taxa de 1,88%, seguidos pelos lituanos, com uma média de 1,76%. Já na vizinha Espanha os números ficam acima de 1% de emigrantes.

Menos que Portugal só mesmo França, Alemanha ou Itália, ainda que, tendo em conta apenas as gerações mais novas, os jovens franceses, proporcionalmente, emigram mais do que os portugueses.

Por outro lado, de acordo com o Jornal de Negócios, os dados de 2012, ainda por fechar, já indicam um novo aumento da emigração por parte de portugueses, num total de 0,49% da população.

Além disso há outro factor que está a assumir uma relevância indiscutível. É que são cada vez mais aqueles que abandonam o País, mas apenas de forma temporária, planeando regressar no espaço de um ano. No ano passado foram quase 70 mil os emigrantes nestas condições.

Somando os temporários com os permanentes, os 121 mil portugueses que saíram de Portugal correspondem a um número recorde. E nem os anos 70, década conhecida como o boom da emigração, registaram números acima dos 80 mil.

Em relação aos destinos ‘preferidos’, França continua a liderar, com cerca de 580.240 emigrantes, e, imediatamente a seguir surgem os Estados Unidos com 166.583 portugueses.



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