O Instituto Politécnico de Bragança (IPB) registou até hoje um caso positivo entre mais de 800 testes já realizados na comunidade escolar, num rastreio que se prolongará pelas próximas semanas, no âmbito da retoma do ensino presencial.
Os dados foram avançados pelo presidente da instituição, Orlando Rodrigues, que pormenorizou que até às 13:00 de hoje tinham sido realizados 815 testes de despiste à covid-19 com apenas um resultado positivo, de um aluno de mobilidade Erasmus, que se encontra há pouco tempo em Bragança.
O instituto começou o rastreio na semana passada entre funcionários e docentes e esta semana, com o regresso às aulas presenciais, os alunos começaram também a ser testados, num processo que tem como meta realizar cerca de nove mil testes.
“O programa está a correr muito bem, estamos a testar exaustivamente todos os alunos, vamos fazer esta semana e continuar na próxima semana e sempre que for necessário, procurando que todos os alunos que têm atividades presenciais, e professores e funcionários, todos sejam testados no início da retoma das atividades presenciais”, afirmou.
O rastreio está a ser feito com os chamados testes rápidos e os casos positivos vão para confirmação através de teste PCR, e também para sequenciação da estirpe do vírus, um trabalho realizado nos laboratórios do IPB.
Desde o início da pandemia que o politécnico de Bragança é parceiro das autoridades de saúde e da Segurança Social na realização de testes, tanto na comunidade como especificamente nos lares de idosos e outras estruturas de acolhimento.
Com o reforço da capacidade da Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste e a diminuição do número de casos, o instituto não tem sido solicitado para a análise aos testes realizados na comunidade, embora se mantenha a parceria, caso haja necessidades, como indicou o presidente.
Já ao nível dos lares, o IPB continua a fazer testes ao abrigo do protocolo com a Segurança Social nos distritos de Viseu, Vila Real e Bragança.
“Os últimos casos positivos que tivemos datam do início de março, tínhamos tido dois casos nessa altura, desde aí nunca tivemos mais nenhum caso positivo”, adiantou, à margem da assinatura de um protocolo com a Cruz Vermelha de Bragança.
Questionado pelos jornalistas sobre a exclusão nesta fase do Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 dos professores e funcionários do ensino superior, o presidente do IPB disse que gostaria que fossem incluídos, mas que entende os critérios.
“Entendemos que o risco é superior no ensino básico e secundário, uma vez que são faixas etárias mais jovens, mais difíceis de organizar e disciplinar. Entendendo isso e entendendo as prioridades de vacinação, que devem começar pelas camadas de risco, cuja prioridade estamos absolutamente de acordo, entendemos perfeitamente as decisões e não as criticamos”, declarou.
Até ao final da última semana tinham sido vacinadas com pelo menos uma dose mais de 51 mil pessoas no distrito de Bragança, o que equivale a mais de 40% da população.
O número de casos ativos de infeção pelo novo coronavírus era, na segunda-feira, de 61 em toda a região, sendo que metade dos 12 concelhos não apresentava qualquer ocorrência.
Os casos registavam-se em Mirandela, com 23, Bragança e Miranda do Douro, com 14, Vinhais, com seis, Macedo de Cavaleiros, com três, e Torre de Moncorvo, com um.
Fotografia: AP