Foi super comentada a partida jogada em Londres nas vésperas do jogo, como sempre deve ser nas grandes finais. Os dois times recebiam comparações entre si, como o estilo do Manchester United, com muito físico, estilo inglês, e o estilo do Barcelona, marcado por um pouco mais de toque e de apoio, na linha da Seleção Espanhola, cuja base está formada por jogadores do Barça. Vivenciou-se com muita emoção os momentos prévios ao jogo em Apostas Esportivas24
Análise antes do jogo: a decisão de como jogar era a primeira e mais importante que Ferguson teria que tomar. O FC Barcelona obviamente jogaria com seu estilo e sistema habituais, mas o United tinha que mostrar seu estilo vencedor e disputar o embate do seu jeito ou simplesmente tentar se adaptar ao Barça.
Pode-se dizer que o Barcelona era superior ao United em número de passes em todas as zonas do campo e, ainda por cima, era mais preciso também neles. Seus jogadores eram mais ziguezagueadores, com mais jogadas e dribles, comparando com os do United. Também chutavam mais ao gol.
O United, por sua vez, tinha que jogar com aquilo que fazia melhor que o Barcelona, as bolas longas e o contra-ataque, ações com a bola parada como outra alternativa e tentar impor sua maior fortaleza física, tanto nos contatos como no jogo aéreo.
Para o Barcelona tínhamos: Valdés; Dani Alves, Mascherano, Piqué, Abidal; Xavi, Busquets, Iniesta; Villa, Messi e Pedro.
Manchester United: Van der Sar; Fabio, Ferdinand, Vidic, Evra; Valencia, Carrick, Giggs, Park; Rooney e Javier Hernández.
O jogo da UEFA começou fiel a essas ideias, com pressão desde o começo e muito acima, não deixando o Barça controlar a bola confortavelmente, cometendo assim alguns erros que reforçavam mais a ideia do MU quanto a como bloquear os de Guardiola e impor seu jogo. Porém, foi só um espelhismo que durou dez minutos. A partir daí, o jogo virou um monólogo do Barcelona, que aos 32’ já tinha uma porcentagem de posse de bola de 66% e até 265 passes completados contra 100 do United. O Barça impunha seu estilo e, ainda por cima com relativa facilidade.
Ferguson tinha avisado seus jogadores, especialmente os centrais, sobre o jeito controlador do Messi, a priori, jogador crucial do Barcelona e com maior liberdade de movimentos entre linhas partindo de uma posição de centro-avante.
O primeiro gol do Barcelona mostrou a descoordenação defensiva do United, com Park e Evra tentando ajudar Giggs e Carrick para controlar o Messi. Por Evra estar fora de posição, o passe de Xavi ao Pedro veio por ali.
O Barcelona foi se impondo, foi muito superior no meio campo porque a qualidade de Busquets, Xavi e Iniesta se unia com a do Messi e os avanços de seus laterais, principalmente de Dani Alves pela direita. Enquanto isso, o United se defendia como podia. Por causa de seu jeito forte, atingiu seu gol numa grande jogada que Rooney terminou mostrando sua capacidade para definir. O intervalo chegou com a esperança de que Manu deixasse mais difícil o Barça por causa da confiança de poder devolver o gol feito.
No segundo tempo a mudança de posição de Park e Giggs não ajudou em nada essa vontade de controlar o meio de campo do time inglês, onde os jogadores do Barcelona continuavam sendo muito superiores. O gol de Messi de fora da área, que supunha o 2 a 1, confirmava a qualidade da equipe e os problemas defensivos do time britânico, que cada vez defendia mais atrás, mas sem as ideias claras quanto à forma de parar o Barça.
Os 5 lances rumo ao gol que o Barcelona fez contra nenhum do United só nos primeiros 15 minutos do segundo tempo era bastante significativa e corroborava a superioridade do time catalão.
Pressão e presença – O United queria, mas não podia. No minuto 75 se repete um lance que já tinha ocorrido, uma tentativa de pressão por parte dos jogadores do Manchester United, ainda sendo mais emotivo que com a cabeça,. El Barcelona controlava o jogo e a bola e o United não podia impor sua suposta superioridade física. Nem mesmo nos escanteios, onde poderiam ser perigosos, porque não teve nenhum, nem nas faltas, porque o Barcelona unicamente fez 5 e só um na zona de perigo. 63% da posse de bola e as 17 tentativas de chute ao gol do Barcelona contra 3 do United foram a prova da superioridade espanhola.
Comentou-se o desequilíbrio de Messi, mas não se pode esquecer que o aspecto mais importante do jogo do Barcelona é seu controle de bola. E neste ponto 91% de passes acertados por parte de Messi e Xavi poderiam explicar a derrota do United. Os jogadores de mais qualidade do Barcelona tiveram muita posse de bola e com muito acerto. O jogador que mais acertou no passe do United foi Vidic, com 83%, mostrando sua superioridade.
Concluindo, lendo as notícias do pós campeonato o estilo do Barcelona e da Seleção Espanhola, vigente campeã do mundo, com velocidade no passe de bola, precisão nos passes e fiel ao seu estilo de jogo foi maior e se impôs na Premier. E aqui vem a pergunta que não quer calar: é melhor liga que a Premier?