Draw, Bruno Santinho, Daniel Eime, Leon Keer, Lucky Hell, Contra, GLAM, MAR, The Caver, Trip Dtos e Duarte Saraiva foram os artistas de serviço na segunda edição do festival de arte urbana.
Foram 11 os artistas oriundos de todo o país e, inclusive, do estrangeiro, a quem se juntaram alunos do Agrupamento de Escolas Emídio Garcia e da Escola Superior de Educação, desafiados pelo município brigantino para proporcionarem uma “nova vida”, através da arte, a espaços públicos espalhados pela cidade. Foram alvo de intervenção, nomeadamente, alguns prédios do Bairro Social da Mãe d’ Água, o muro do Centro Ciência Viva, a ponte pedonal do Forte São João de Deus, entre vários outros.
Todo este embelezamento, cor, fantasia e dinâmica, conquistados por direito próprio por um tipo de arte que ainda há bem pouco tempo era considerado marginal, ocorreram integrados no II Festival de Street Art. E se na primeira edição, em 2016, o tema era Bragança enquanto ecocidade, este ano, o tópico subjacente a todas as obras artísticas concretizadas durante o festival foi o de “Bragança Uma Cidade de TODOS e para TODOS”.
Durante três dias, entre 23 e 25 de junho, a capital do nordeste teve o privilégio de cheirar a tinta proveniente dos sprays que semearam arte urbana pelos quatro cantos da cidade, principalmente, no Bairro Social da Mãe d’ Água, onde tiveram lugar grande parte das intervenções dos artistas convidados, bem como demonstrações e workshop de Parkour, Dança de Rua e Zumba Color.
Draw, Bruno Santinho, Daniel Eime, Leon Keer, Lucky Hell, Contra, GLAM, MAR, The Caver, Trip Dtos e Duarte Saraiva, foram os protagonistas do Sm`arte que se propuseram transformar em realidade a visão da autarquia de “transformar Bragança numa referência nacional na reabilitação urbana, através do conceito de Street Art, estimular a participação e criatividade dos artistas em diferentes artes, melhorar a imagem da cidade, requalificar o espaço público e atrair novos turistas ligados ao conceito de arte urbana”.
A sessão de abertura do Festival de Street Art, esta sexta-feira, pelas 18 horas, começou com a visita à exposição patente no foyer do Teatro Municipal dos vários artistas convidados nesta 2ª edição, seguindo-se a inauguração do mural “O meu sonho é” junto ao shopping e terminou com a concretização do grafitti do Sm`arte no jardim junto ao Polis. No final, o Diário de Trás-os-Montes esteve à conversa com o presidente da Câmara Municipal, que garantiu que esta iniciativa “trata-se de fazer com que a nossa cidade seja mais dinâmica, mais apelativa, mais criativa e que as pessoas gostem de sentir os espaços onde estão”.
Na opinião de Hernâni Dias, partilhada também pelos artistas entrevistados pelo Diário, “hoje, as pessoas já olham de outra forma para esta arte urbana, as pessoas não são indiferente àquilo que acontece à sua volta e todos os espaços que foram intervencionados em anos anteriores, são apreciados pelas pessoas”, destacando que se “conseguirmos, de forma contínua, valorizar os espaços que existem estaremos a fazer, seguramente, com que as pessoas se sintam cada vez melhor e que tenham um motivo também para visitar certos espaços que, anteriormente, não eram visitados por não serem nada atrativos”.
A respeito da relativa polémica sobre algumas vozes que se insurgiram na cidade contra o executivo por este ter decidido aliar ao evento de arte urbana o festival da francesinha, dado que não é um produto local, Hernâni Dias advogou que “essa promoção e divulgação dos produtos da terra fazemos durante o ano inteiro”, frisando o facto de que a francesinha “é um produto muito consumido em Bragança” e concluindo que é um prato “que utiliza inúmeros produtos autóctones” como o pão, a carne e os próprios enchidos e “isso é uma forma de promoção daquilo que são os nossos produtos, pese embora, sejam usados num outro prato que não é típico do nosso território, mas esta foi uma decisão devidamente pensada e falada com várias unidades de restauração”, certificou o edil, colocando, assim, com esta justificação um ponto final nesta contenda opinativa que, por vezes, em ano de eleições, ganham outras dimensões.
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