Quase dois mil doentes do Nordeste Transmontano viram o seu problema de cataratas resolvido no último ano, acabando com a lista de espera numa área considerada esta terça-feira exemplar pelo PS de Bragança das melhorias na Saúde, avança a Lusa.

«Uma verdadeira revolução» é como o presidente da distrital socialista, Mota Andrade classifica a forma como o Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CNHE) resolveu o problema.

Há precisamente um ano, a ministra da Saúde, Ana Jorge, lançou, em Mirandela, um programa para acabar com a lista de espera por uma operação às cataratas, que obrigava os doentes a aguardarem mais de meio ano.

Em Abril de 2008, a ministra inaugurou, na unidade hospitalar de Mirandela, um centro de cirurgia de ambulatório para aumentar o número de cirurgias e aliviar a lista de espera, sobretudo na área da oftalmologia.

Um ano depois, o presidente da distrital do PS de Bragança faz um balanço «notável» dos resultados, avançando que foram realizadas 1958 operações às cataratas.

«Hoje não há ninguém no Distrito que precise de uma operação às cataratas que não a faça», realçou.

Este foi um dos exemplos apontados pela distrital socialista «das melhorias realizadas por este Governo na área da saúde, no Distrito de Bragança».

PS inicia ciclo de conferências com a Saúde

A federação do PS iniciou esta terça-feira com a Saúde um ciclo de conferências de imprensa em que de 15 em 15 dias promete «prestar contas» na Comunicação Social dos quatro anos de mandato do Governo socialista, em relação à obra realizada no Nordeste Transmontano.

O PS decidiu começar pela «maior preocupação da região», que é a Saúde, garantindo que o que o executivo socialista fez «não tem comparação com o realizado anteriormente», pelos dois últimos governos do PSD.

Segundo disse, foram investidos um total de 35 milhões de euros em equipamentos e obras nos centros de saúde e nas três unidades hospitalares da região.

«Não há muitos centros de saúde no país com a qualidade de equipamento e valências dos do Distrito de Bragança», afirmou, referindo-se a especialidades como dentista, fisioterapia, radiologia, nutricionista, terapia da fala, entre outras.

Ao nível dos cuidados primários, este é um distrito onde todos os cerca de 150 mil utentes têm médico de família.

«Não é a nossa opinião, são factos», realçou, acrescentando que tem «ouvido muita asneira, falsidade e muito desconhecimento» a quem fala em perda e encerramento de serviços.

Maternidade de Mirandela

O único serviço que o PS reconhece que a região perdeu nesta área foi a maternidade de Mirandela, encerrada em Setembro de 2006, ainda assim, Mota Andrade entende que «as pessoas ficaram melhor servidas».

Segundo disse, a unidade hospitalar de Mirandela perdeu a sala de partos, mas ganhou mais dois médicos na área da obstetrícia e ginecologia e as mulheres deixaram de ter de esperar um ano por uma consulta.

Ainda assim, a população mostrou descontentamento, com um decréscimo dos partos na região, no ano seguinte ao encerramento, passando de 715 para 576, e muitas parturientes a optarem pela maternidade de Vila Real para terem os filhos.

Em 2008, o número subiu para 628 na maternidade de Bragança, a única da região.

Os socialistas admitem que «nem tudo está bem» e prometem fazer melhor, nomeadamente ao nível do socorro e emergência médica.

O presidente da distrital afirmou ser intenção do Governo colocar mais uma Viatura Médica de Emergência e reanimação (VMER), em Mirandela, a juntar à que opera, desde 2006, em Bragança.



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