A Comissão de Saúde da Assembleia Municipal de Macedo de Cavaleiros está preocupada com os atrasos verificados na ampliação da unidade Acidentes Vasculares Cerebrais, (AVC) uma situação que tem levado «à recusa de internamento», porque o espaço existente é «limitado.»
A Comissão pediu informações ao Centro Hospitalar do Nordeste, (CHN) através de uma moção, que foi aprovada por unanimidade na Assembleia Municipal.
\"Apesar da excelência dos cuidados prestados, previa-se a insuficiência dos mesmos face à população idosa coberta pela unidade e à incidência dos casos de AVC na região, com uma taxa aproximadamente dupla à média nacional. Há muito que se espera pelo aumento de camas de oito para 12,\" explicou José Madalena, do grupo parlamentar do PSD e membro daquela Comissão de Saúde.
Há 200 casos de AVC por cada 100 mil habitantes. Trás-os-Montes apresenta uma média de AVC mais grave, tendo em conta o envelhecimento da população. No distrito de Bragança, só o Hospital de Macedo de Cavaleiros possuiu uma unidade de saúde para o tratamento de AVC. Dois anos após o início da discussão, o alargamento da unidade ainda não está implementado, apesar de estar previsto no plano de Actividades do CHN para 2007.
\"A ampliação da unidade de AVC vai ser um realidade a médio a prazo. O aumento do espaço para doze camas será uma realidade estando perspectivadas outro tipo de intervenções médicas\" explicou, ao JN, Jorge Poço, coordenador da unidade de AVC do CHN.
De acordo com o clínico, só a unidade do AVC do Hospital de Macedo de Cavaleiros trata média 250 casos por ano de doentes vítimas de um AVC.
Ao que o JN apurou, a ampliação da unidade de AVC está já em fase final de projecto, pelo que terão ainda de ser compridas formalidades.