As populações do meio rural do concelho de Alfandegada da Fé estão privadas dos serviços de enfermagem prestados pelos enfermeiros da Unidade Móvel de Saúde (UMS) que se encontra parada e estacionada desde o início do ano num armazém municipal por falta de comprimento de protocolo. A UMS está ao serviço da comunidade desde Novembro de 2003.

Duas vezes por mês os enfermeiros da UMS percorriam as 20 freguesias do concelho de Alfândega da Fé com o objectivo de aproximar os cuidados primários de saúde junto da população mais idosa daquele concelho evitando assim deslocações ao Centro de Saúde local. As populações ficam mais desprotegidas de cuidados médicos como o controlo de tensão arterial, diabetes, curativos ou outras patologias. Aquela unidade móvel foi a primeira em todo o distrito de Bragança a entrar em acção e resulta de um protocolo tripartido entre a Câmara Municipal, Santa casa da Misericórdia de Alfândega da Fé e ministério da Saúde, através do programa Saúde XXI.

Agora, o município e Santa Casa, que suportam a maioria dos custos com a UMS, acusam a sub-região de Saúde de Bragança de estar a desvitalizar o protocolo e resolveram suspender o serviço.

\"Nos últimos tempos as pessoas tinham de fazer marcações no Centro de Saúde para serem atendidas, havendo assim um desvirtuar daquilo que foi a concepção inicial daquela unidade de Saúde\", diz João Carlos Figueiredo, presidente do município de Alfândega da Fé. \"Há todo o empenho das entidades envolvidas em repor a normalidade, já foram tomadas algumas medidas que passam por designar para o serviço uma outra enfermeira coordenadora para assim fazer um plano de intervenção na comunidade, garantiu Berta Nunes, coordenadora da Sub-Região de Saúde Bragança.



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O balanço é positivo