A licenciatura em Engenharia e Biotecnologia Florestal é uma iniciativa conjunta das universidades do Porto e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que arranca no ano letivo 2021/22 e quer ajudar a potenciar a floresta, foi hoje anunciado.

Trata-se, segundo explicaram os promotores, de uma “aposta inovadora” de formação interuniversitária, oferecida em parceria pela UTAD, em Vila Real, e pela Universidade do Porto, que “combina a engenharia florestal com a biologia e a biotecnologia, apostando na transição verde e digital”.

Em comunicado, explicaram que a “nova licenciatura valoriza a gestão sustentável de ecossistemas florestais e agroflorestais, as aplicações biotecnológicas no melhoramento, clonagem e transformação genética de plantas e a inovação ao nível das tecnologias da madeira”.

O plano de estudos combina “o conhecimento do setor florestal com novas ferramentas na fronteira do desenvolvimento tecnológico” e visa formar “técnicos qualificados para potenciar a Floresta como fonte de rendimento e de valorização social, no quadro dos desafios do desenvolvimento sustentável”.

A organização desta proposta formativa, em conjunto entre duas universidades situadas em duas cidades e em duas realidades territoriais distintas é, para os promotores, “algo singular ao nível do primeiro ciclo em Portugal”.

O primeiro ano do curso, que visa uma formação nuclear em ciências naturais e exatas, decorre na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), no Campus Universitário do Campo Alegre, e o segundo ano (formação específica em ciências florestais e engenharia florestal) decorre na UTAD, em Vila Real.

No terceiro ano, para além das disciplinas transversais obrigatórias, os alunos poderão, através da escolha de disciplinas optativas, “aprofundar a componente de biotecnologia florestal, neste caso com maior envolvimento da FCUP”, ou “aprofundar as abordagens mais convencionais da engenharia florestal, neste caso com envolvimento mais forte da UTAD”.

Poderão ainda, segundo o comunicado, "combinar disciplinas que lhes permitam uma formação sólida em ambas as áreas".

Os promotores desta licenciatura referem que os “desafios associados à sustentabilidade da floresta motivam uma procura crescente por graduados em engenharia florestal por parte de autarquias e outros organismos da administração pública, centros de investigação e inovação e empresas”.



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