A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai aplicar três milhões de euros na promoção da mobilidade sustentável, num projeto que inclui a construção de uma ciclovia, a criação de trilhos e a melhoria de passeios.
“Estão a ser criadas condições para que as pessoas deixem o carro em casa e procurem outras formas de mobilidade, nomeadamente a bicicleta”, afirmou hoje à agência Lusa Amadeu Borges, responsável pelo projeto na academia transmontana.
O objetivo é a “promoção da mobilidade sustentável” e inclui a construção de uma ciclovia de quase sete quilómetros, e o melhoramento de passeios e a criação de trilhos pedonais, num percurso de 10 quilómetros.
O projeto vai permitir um melhor acesso pedonal à UTAD, inclusive para pessoas com mobilidade reduzida, com “maior segurança”.
Por sua vez, a ciclovia do campus da academia vai interligar-se à que já está em construção na cidade, unindo o antigo canal ferroviário ao centro histórico, passando pela zona dos equipamentos desportivos, parque de campismo, centro de ciência viva, parque Corgo e teatro municipal.
O projeto insere-se no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU) de Vila Real, que representa um investimento global de 17,2 milhões de euros.
Na UTAD serão aplicados cerca de três milhões de euros, comparticipados em 85% por fundos comunitário.
As obras para a construção da ciclovia arrancaram este mês e têm um prazo de execução de 18 meses.
Este projeto é, para Amadeu Borges, “mais uma ação” que vai contribuir para a transformação da academia num “ecocampus verdadeiramente sustentável”.
O responsável elencou outras iniciativas como a melhoria da eficiência energética, que representa também um investimento de três milhões de euros, financiados pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), e que está em fase de conclusão.
Este projeto inclui a colocação de quase mil painéis fotovoltaicos nas coberturas dos edifícios da UTAD para produção de energia elétrica para autoconsumo, a substituição de 12 mil luminárias convencionais por Led e de caldeiras de água quente, que trabalhavam a gás natural e vão passar a funcionar a biomassa.
Segundo o responsável, estas medidas vão contribuir para a “redução das emissões de dióxido de carbono em cerca de 75%”.
No âmbito do “ecocampus”, a UTAD está num processo de certificação do campus pelos referenciais internacionais que dizem respeito às áreas do ambiente e da energia, sendo este, de acordo com Amadeu Borges, um passo decisivo” para que este “seja verdadeiramente reconhecido como um espaço sustentável”.
Foram também instalados quatro carregadores de viaturas elétricas no âmbito da promoção da mobilidade sustentável e adquiridas duas viaturas elétricas.
“E tudo isto se concilia com um projeto que está também em curso, o U-Bike que vai permitir disponibilizar cerca de 300 bicicletas elétricas aos membros da UTAD”, concluiu.
Foto da autoria de Margarida Sousa, estudante da UTAD