A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) disse hoje que vai apresentar contraditório à decisão provisória da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) de recusar a criação do curso de Medicina em Vila Real.

De acordo com a edição de hoje do Jornal de Notícias (JN), a A3ES recusou as candidaturas da UTAD e da Universidade de Aveiro para mestrados integrados em Medicina.

As decisões, segundo o JN, são preliminares e as instituições têm 10 dias a contar da notificação para tentar revertê-las.

“Perante a proposta de decisão provisória do relatório preliminar da A3ES, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) irá naturalmente apresentar o seu contraditório nos próximos dias”, afirmou a academia transmontana à agência Lusa.

A formação de médicos é encarada localmente como um fator de atração de mais alunos à universidade, que se insere num território afetado pelo despovoamento, e também de incentivo à fixação de mais clínicos na região.

O curso de Medicina é uma ambição da UTAD e da cidade de Vila Real e, com vista à concretização desse objetivo, foi criado em 2022 um centro académico clínico, em parceria com o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) e os agrupamentos de centros de saúde da região.

“Estou convicto que, dada a sua importância para Vila Real e para todo o Interior do país e sendo necessário ultrapassar algumas etapas, o objetivo será alcançado”, disse o presidente da câmara local, Rui Santos, instado a comentar a decisão preliminar da A3ES.

Em setembro de 2021, o então ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, disse que queria alargar o ensino da medicina até 2023, destacando Aveiro, Vila Real e a Universidade de Évora onde a abertura dos cursos poderia ocorrer.

Na mesma altura, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou a necessidade de aumentar a formação em medicina.

“Este esforço tem sido também notório na formação em medicina, com os cursos em Aveiro, em Vila Real e em Évora, perspetivam-se novos ciclos de formação, e de reforço da formação no Algarve, na Covilhã, e em Braga, para além de Lisboa, do Porto e de Coimbra”, lembrou então António Costa, num discurso durante a inauguração da Faculdade de Medicina da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

Foto: AP



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