A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vai “mais do que duplicar” a oferta de 530 camas atualmente disponível nas residências para estudantes e dar resposta a uma “procura crescente”, disse fonte da academia.
O pró-reitor para o Planeamento, Território e Património, Ricardo Bento, explicou hoje à agência Lusa que se pretende “reforçar a oferta de alojamento estudantil” que a UTAD tem na cidade de Vila Real.
“Nós temos pouco mais de 530 camas instaladas e pretendemos mais do que duplicar o número de camas instaladas na UTAD, para dar resposta a uma procura que é premente, que é crescente nos últimos anos e, de facto, é verificável que a cidade não tem capacidade de dar resposta, quer em preço quer em qualidade, para esta procura”, afirmou o responsável.
Os projetos vão ser concretizados no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, financiado em parte pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e que prevê a criação de 26 mil camas para estudantes do ensino superior até 2026.
De acordo com Ricardo Bento, o investimento previsto pela UTAD é de 22 milhões de euros e inclui a reconversão do edifício do antigo CIFOP, no centro da cidade, onde serão criadas cerca de 250 camas, e também da antiga casa da Quinta de Nossa Senhora de Lurdes, com 32 camas.
O projeto prevê ainda a ampliação do número de camas na residência de Codessais, através de reconversão de espaços no próprio edifício, e a requalificação tanto desta residência como a de Além Rio.
A UTAD apresentou cinco candidaturas e contratualizou quatro delas a 15 de setembro, na cerimónia que decorreu em Lisboa e contou com a presença do primeiro-ministro, que, na altura, anunciou um reforço orçamental para as restantes candidaturas que não foram alvo de contratualização.
“A nossa expectativa é que iremos ter as cinco candidaturas efetuadas aprovadas”, apontou Ricardo Bento, salientando que o investimento poderá ascender aos 30 milhões de euros.
Esta quinta candidatura diz respeito à construção de um edifício no campus da UTAD com cerca de 200 camas. 
Ricardo Bento apontou o alojamento como uma das “áreas mais sinalizadas” pelos estudantes, referindo que, em Vila Real, a “pressão sobre o mercado é grande, os preços são significativamente elevados e não são comportáveis e há alunos que não efetuam a sua matrícula por falta de capacidade financeira”.
“Diria que é uma das principais, se não mesmo a principal, dificuldade dos alunos quando entram na UTAD”, apontou.
A UTAD tem cerca de oito mil alunos, com uma elevada percentagem de deslocados e de estudantes a precisar de apoio social.
Logo na primeira fase de acesso ao ensino superior a UTAD preencheu 94,5% das vagas disponíveis, o que correspondeu a 1.539 novos estudantes colocados.
Das 36 ofertas formativas de primeiro ciclo disponibilizadas pela academia transmontana, 28 cursos ficaram com as vagas totalmente esgotadas na primeira fase.
Os cursos de Engenharia Informática, Ciências do Desporto, Enfermagem e Medicina Veterinária foram os que registaram maior número de alunos. Medicina Veterinária (171,5 valores), Psicologia (164,0) e Gestão (160,5) estão no “top 3” dos cursos com a classificação média de entrada mais elevada deste ano.



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