A linha ferroviária do Corgo, entre Vila Real e a Régua, vai reabrir à circulação até ao final de 2010. Até lá vai ser totalmente remodelada. A empreitada representa um investimento de 23,4 milhões de euros.
A via encerrou no passado dia 25 de Março por falta de segurança, que foi detectada na sequência do inquérito da Refer aos acidente ocorridos na linha do Tua. Na altura, a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, pediu quatro meses para efectuar os estudos conducentes à reabilitação da via e ontem foi a Vila Real comprometer-se com as entidades e populações locais, para que \\"não existam derrapagens nos prazos\\". A governante confessou que desafiou a Refer a \\"antecipar a reabertura da via\\", mas reconhece que será difícil.
No claustros do Governo Civil, Ana Paula Vitorino presidiu à cerimónia de consignação da primeira fase das obras. Prevê o levantamento da via e reperfilamento da plataforma da linha do Corgo, ao longo de 26 quilómetros, vai custar 4,4 milhões de euros e tem de estar concluída no prazo de 135 dias. O cronómetro começou ontem a contar. A seguir haverá mais duas fases para a colocação dos novos carris e travessas. Também serão beneficiados os sistemas de drenagem, as plataformas, as estações e apeadeiros.
\\"Será uma linha moderna, mantendo as características que a tornam única\\", salientou a secretária de Estado, revelando também que outra aposta do Governo é a \\"recuperação e melhoria do material circulante\\". Supõe que \\"se houver uma boa oferta no caminho-de-ferro as pessoas terão tendência a utilizá-lo\\".
Os prazos e intervenção previstos para a linha do Corgo são os mesmos definidos para os 12 quilómetros da linha do Tâmega, entre Livração e Amarante. Neste caso, a empreita vai custar 13,3 milhões de euros.
Nas visitas de ontem a Amarante e Vila Real, a Ana Paula Vitorino anunciou que o concurso público para a electrificação da linha do Douro entre Caíde (Lousada) e Marco de Canaveses deverá ser lançado até ao final do próximo mês. O investimento deverá rondar 50 milhões de euros. O próximo passo é concluir o projecto de electrificação da linha do Douro entre Marco de Canaveses e Peso da Régua.
Ana Paula Vitorino revelou também que está em vias de assinar um protocolo com a Refer, CP, Estrutura de Missão do Douro, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e com alguns promotores privados, com vista ao estabelecimento de uma parceria para reabilitar 28 quilómetros desactivados na Linha do Douro, entre Pocinho e Barca de Alva.