Um homem, de 75 anos,matou um encapuzado que viu entrar na sua horta, em Vale de Prados (Macedo de Cavaleiros), pouco depois da meia-noite desta terça-feira. Apurou-se que o morto era um ex-militar da GNR, de 58 anos.
O caso foi participado à Polícia Judiciária (PJ), que está a investigar as circunstâncias em que ocorreu a morte do ex-militar da GNR. O septuagenário autor dos disparos entregou-se de imediato à GNR de Macedo de Cavaleiros.
Segundo uma fonte da GNR, o idoso estava a guardar uma propriedade agrícola de onde eram furtados, com frequência, legumes e onde se julga que a vítima tenha entrado por outros motivos que não o furto de produtos agrícolas, quando deparou com um homem, que baleou.
Fonte policial explica que a vítima estava na horta, encapuzada, com uma arma de fogo e material que se supõe que seria utilizado nalgum arrombamento. Segundo o que o JN apurou, ontem, em Vale de Prados, a vítima, um ex-reformado da GNR, com residência em Pinhal Novo, no concelho de Setúbal, e não era conhecida na localidade, onde a sua morte é o principal tema de conversa.
Os vizinhos do autor dos disparos, que preferiram manter o anonimato, garantem que, há cerca de dois anos, que ouvem aquele agricultor queixar-se de roubos e estragos frequentes na horta, onde a família cultiva os legumes que posteriormente vende no mercado, em Macedo de Cavaleiros, e que será a principal fonte do seu rendimento familiar.
O idoso é tido como um homem honesto e trabalhador, razões que levam a população estar do seu lado.
\"Ele não é culpado de nada, porque o outro indivíduo não podia andar a fazer boa coisa aquela hora, encapuzado e armado\", comenta uma mulher, sexagenária, que se alonga na conversa para dizer que \"não era justo que um homem, com mais de 70 anos, ande a trabalhar tanto, para virem outros roubá-lo\".
Um familiar do septuanegário disse, ao JN, que era frequente ele passar a noite a vigiar a horta \"porque os roubos eram muitos\".
Ao que dizem também os vizinhos, os assaltantes entravam na horta por vários sítios, apesar de a propriedade estar vedada. Cortavam o arame farpado, roubavam e estragavam tudo\".
Segundo um familiar do autor dos disparos, ele \"não conhecia a vítima de lado nenhum\".