A secretária de Estado da Valorização do Interior, Isabel Ferreira, considerou hoje a valorização destes territórios um “desafio muito complexo”, mas possível de ultrapassar com o contributo, além do Governo, das autarquias, empresas e instituições locais.
“A valorização do interior é um desafio muito complexo, mas é possível de ultrapassar todos os dias se todos os atores relevantes contribuírem para essa valorização, e não é só o Governo central, como [também] os municípios, empresas, produtores ou instituições do ensino superior”, destacou.
Isabel Ferreira falava à margem da inauguração do posto de turismo do Alto Tâmega, em Chaves, distrito de Vila Real, que contou com um investimento de 400 mil euros suportado pelos seis municípios que compõe a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega.
Para a secretária de Estado, a valorização do interior começa nos próprios territórios, destacando o exemplo da CIM do Alto Tâmega que está “muito unida à volta de uma marca única e distintiva”.
“Esta união já deu origem a quatro postos de trabalho diretos e, certamente, a sua atividade atrairá muitos mais postos de trabalho e isso é o mais importante, projetos que criem emprego”, sustentou.
A governante considerou ainda que o exemplo do posto de turismo do Alto Tâmega deve ser seguido noutras zonas do país, pelo investimento ter sido totalmente suportado pelos municípios de Chaves, Boticas, Montalegre, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar e Ribeira de Pena.
Isabel Ferreira destacou também a criação a nível nacional de “várias medidas complementares de apoio” consideradas “muito importantes para a criação de emprego”.
“Abrimos avisos exclusivos para os territórios do interior e a procura foi avassaladora em algumas medidas, como o programa ‘Mais Coeso Emprego’, que encerrou ontem [quarta-feira] a primeira fase, em que num compromisso inicial de 90 milhões de euros estamos a falar de candidaturas no valor de 487 milhões de euros, com milhares de candidaturas”, sublinhou.
“Isto mostra que as políticas que desenhamos vão ao encontro do que o território precisa, mas também do grande dinamismo nos territórios no interior que nunca tive dúvidas de que havia”, acrescentou.
Para o atual presidente da CIM do Alto Tâmega, Orlando Alves, o posto de turismo inaugurado hoje é “um bom exemplo” de que quando os autarcas conseguem esquecer “políticas paroquiais e circunscritas ao concelho” trabalham em “desígnios e projetos estruturantes”.
“Estamos a construir uma centralidade na ‘descentralidade’. Chaves é historicamente a capital desta sub-região, está uma cidade bonita, que disputa um mercado populacional fantástico que é o galego e tem sabido atrair, tendo tudo para se afirmar como uma das cidades médias do futuro em Portugal”, frisou o também presidente da Câmara de Montalegre.
Orlando Alves desafiou ainda os restantes autarcas da CIM do Alto Tâmega a incluírem o nome ‘Barroso’ na designação, defendendo ser uma marca “forte e identitária” para atrair mais turismo.
“O Barroso junta os municípios de Montalegre e Boticas, é considerado Património Agrícola Mundial, tem um terço do Parque Nacional da Peneda-Gerês e o Alto Tâmega não se pode esquecer disso”, realçou.
Além da secretaria de Estado da Valorização do Interior e dos seis autarcas do Alto Tâmega, marcou presença na inauguração do novo posto de turismo o presidente do Turismo do Porto e do Norte, Luís Pedro Martins.