O diretor da concessionária, a Autoestradas XXI, Rodrigues de Castro, disse à Lusa que a variante abre ao meio dia e confirmou que o troço é portajado.

Os automobilistas têm, no entanto como alternativa a variante norte da cidade, que corresponde a 17 quilómetros que ficarão do antigo IP4, sem custos para os utilizadores.

O sistema de cobrança no troço portajado é eletrónico. A via está equipada com pórticos que fazem a leitura das matrículas das viaturas.

Os automobilistas podem adquirir os dispositivos eletrónicos nos CTT ou através da Via Verde ou pagar passadas 48 horas depois da utilização da via em qualquer balcão dos CTT e lojas pay-shop.

O Distrito de Bragança deixa assim de ser o único do país sem um quilómetro de autoestrada, mais de meio século depois de se ter iniciado a construção deste tipo de rodovia em Portugal.

Os nove quilómetros que entram hoje em funcionamento fazem parte da Autoestrada Transmontana que se encontra em construção para substituir na maior parte do traçado o IP4.

Também hoje fica concluído o nó da Amendoeira, em Macedo de Cavaleiros, que faz a interceção da autoestrada e do IP2, outra das novas estradas em construção no Nordeste Transmontano para ligar ao sul do distrito e do país.

A Autoestrada Transmontana tem 130 quilómetros, entre Vila Real e Bragança, mas a denominação que os automobilistas vão encontrar nas placas informativas é A4.

A via corresponde ao prolongamento da autoestrada que já liga o Porto a Amarante e que vai chegar até à fronteira com Espanha, em Quintanilha (Bragança).

O prolongamento está a ser realizado em duas empreitadas. A Autoestrada do Marão, entre Amarante e Vila Real, incluiu o Túnel do Marão, e as obras estão suspensas por alegadas dificuldades financeiras do consórcio liderado pela Somague.

O restante trajeto, entre Vila Real e Bragança, corresponde à Autoestrada Transmontana, uma concessão liderada pela Soares da Costa, e inclui o que restará do atual IP4, nomeadamente cerca de 40 quilómetros entre Amarante e Vila Real, que serão uma alternativa para os automobilistas que não quiserem pagar portagem na nova autoestrada.

O diretor geral da \"Transmontana\", Rodrigues de Castro, disse à Lusa que o contrato de concessão só prevê portagens nas variantes de Bragança e de Vila Real e ainda não sofreu qualquer alteração.

Prova disso são os sete quilómetros que estão já a funcionar, desde sexta-feira, com quatro faixas, duas em cada sentido, entre Lamares e Justes (Vila Real), sem portagem.

Os preços das portagens no primeiro troço de autoestrada em Bragança vão ser mais baratos do que os valores anunciados pela concessionária Autoestradas XXI, divulgou hoje a Estradas de Portugal (EP).

Em nota enviada à Agência Lusa, a EP esclarece que os valores das taxas de portagem a cobrar são de 60 cêntimos para os veículos de classe 1, de 1,10 euros de classe 2, de 1,40 euros de classe 3 e 1,55 euros para os da classe 4.

Os preços agora divulgados correspondem a menos cinco cêntimos nas primeiras três classes e dez cêntimos na última em relação aos valores que estavam afixados nas placas informativas da autoestrada.



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