A Câmara de Vila Real anunciou hoje a construção até 2009 de uma central rodoviária, um pavilhão desportivo, piscinas municipais e dois campos de futebol, num investimento que ronda os 17,4 milhões de euros.

O presidente da Câmara de Vila Real, Manuel Martins, apresentou hoje três estudos prévios sobre projectos que considera «estruturantes e decisivos para o concelho» e que são assinados pelo arquitecto Belém Lima.

Na zona do Seixo será construído um terminal rodoviário, com uma plataforma para 10 autocarros, uma praça de táxis e um parque de estacionamento subterrâneo com dois níveis e capacidade para 140 lugares.

A norte deste terreno está prevista a construção de um pavilhão desportivo de carácter regional, com capacidade para acolher provas nacionais e internacionais, dotado de três plataformas de jogo, balneário, ginásio, bar, bancadas fixas e retrácteis, com capacidade para 1500 lugares sentados e ainda um parque de estacionamento subterrâneo.

Belém Lima explicou que, nesta que é uma das principais entradas da cidade de Vila Real, vão ainda ser construídos novos acessos, ficando a avenida Cidade de Ourense com quatro faixas de rodagem, uma delas exclusivamente destinadas aos autocarros.

A intenção da autarquia de construir uma central de camionagem na zona da Quinta do Seixo arrasta-se há mais de dez anos, tendo «um imbróglio jurídico» impedido a conclusão do projecto.

O autarca referiu ainda que, se o contencioso mantido com as empresas proprietárias daquele terreno «não for resolvido amigavelmente e em breve», a autarquia vai recorrer à «expropriação por utilidade pública».

Considerou que a «construção de habitações nos terrenos» do Seixo «iria originar uma sobrecarga no tecido actual», tendo a autarquia, por isso, optado por «criar zonas destinadas a espaços de lazer e equipamento».

No actual mandato, a aposta da autarquia incide na componente desportiva e de lazer, pelo que para o Monte da Forca e onde actualmente se encontra o estádio municipal de futebol, está projectada a construção de mais dois campos de futebol com relva sintética.

Para conferir «uma maior dinâmica» a esta área, a autarquia vai destinar lotes para a construção de habitação e de um hotel de passagem.

Manuel Martins espera que «a venda dos terrenos para habitação pague o projecto do Monte da Forca», para onde está também projectada a construção de um novo acesso com ligação ao Itinerário Principal 4 (IP4), em Parada de Cunhos.

No centro da cidade, o actual campo do Calvário vai ser transformado em piscinas municipais, com capacidade para acolher competições desportivas nacionais e internacionais.

Nesta área, a autarquia quer ainda construir um parque de estacionamento subterrâneo para «solucionar» as actuais dificuldades de aparcamento no centro da cidade.

«Esta opção animará a zona alta da cidade e trará benefícios para o comércio tradicional», afirmou o autarca.

Os estudos prévios sobre os três projectos serão aprovados em reunião de câmara dentro de 15 dias, sendo expostos no Teatro de Vila Real dentro de algumas semanas.

Manuel Martins afirmou que quer avançar «o mais rapidamente possível» com os concursos públicos para a concepção e construção destes projectos, para que as obras se iniciem ainda este ano e estejam concluídas em meados de 2009.

Martins disse que a autarquia vai candidatar estes projectos ao Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), mas garantiu que, mesmo não havendo financiamento comunitário, a câmara vai construir «com dinheiros próprios e parcerias público-privadas».

Referiu que a autarquia de Vila Real possui uma capacidade de endividamento na ordem dos 11 milhões de euros.

Em Vila Real, o arquitecto Belém Lima foi o responsável pelo projecto de construção do Conservatório Regional de Música, que participa actualmente na Trienal Arquitectura de Lisboa, pela Biblioteca Municipal e pelo Centro Arqueológico e Interpretativo da Vila Velha, que deverá estar concluído até ao final do ano.

Manuel Martins garantiu que a autarquia vai apresentar em breve novos projectos para a deslocalização da tradicional feira dos trapos do centro da cidade e que no próximo mês será anunciada uma «solução» para o inacabado Hotel do Parque.



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