No primeiro semestre de 2009, a região de Trás-os-Montes e Alto Douro deverá estar coberta a 100% por abastecimento de água e saneamento básico. O plano estratégico de abastecimento de água e tratamento de águas residuais iniciado em 2000 pela Empresa Águas de Trás-os-Montes, que representa 30 municípios dos distritos de Bragança e Vila Real, tem em execução 75% do investimento previsto, o equivalente a 290 milhões de euros.
O presidente daquela empresa multimunicipal, Alexandre Chaves, faz um balanço positivo do trabalho desenvolvido, sobretudo porque não há derrapagem financeira e \"as obras estão a ser construídas com preços do ano 2000\", explicou.
Este ano, 65% da população da região deverá estar dotada de abastecimento de água da rede pública, e 80 % com saneamento básico e águas residuais tratadas. Em falta estão as estações de tratamento de águas residuais (ETAR) de Chaves, a ampliação da ETAR de Vila Real e a construção da ETAR do Cachão (Mirandela). Todas as sedes de concelho estão a ser dotadas de ETAR - nenhuma das existentes foi aproveitada na íntegra e a maioria foi construída de raiz.
Aquando do arranque do projecto, existiam 2000 origens de água, muitas sem tratamento adequado, que passaram para 26, \"o que é um salto qualitativo enorme\", diz Alexandre Chaves.
Os projectos previstos no plano estratégico estão todos lançados, ficando em falta apenas um, considerado estruturante, a barragem das Veiguinhas, que garantiria o abastecimento de água em quantidade à cidade de Bragança.
O estudo de impacto ambiental já foi chumbado duas vezes pelo Instituto de Conservação da Natureza, mas a Empresa Águas de Trás-os-Montes já o retomou, e está em fase de execução um novo. O Plano de Ordenamento do Parque Natural de Montesinho está atrasado, mas Alexandre Chaves confia que \"deverá deixar uma janela de oportunidade para construir em Veiguinhas.