As projeções provocadas pelo vento forte são a maior dificuldade no combate ao incêndio que deflagrou esta tarde e que lavra com alguma intensidade na zona de Bustelo, no concelho de Chaves, segundo fonte da Proteção Civil.

O alerta para o fogo, que lavra numa zona de mato e pinhal, foi dado às 14:45.

O segundo-comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Artur Mota, referiu que a zona de acolhimento empresarial de Chaves “já está fora de perigo” e que, pelas 19:45, não havia “aldeias em perigo”.

O fogo chegou a rodear a zona poente/sul desta zona empresarial.

Segundo Artur Mota, a prioridade dos operacionais é “conter o fogo” antes da aldeia raiana de Vila Meã e precisou que o vento está a dificultar o combate a este incêndio, devido às muitas projeções provocadas.

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, disse à Lusa que o fogo “inspira preocupação” porque “está com três ou quatro frentes ativas”.

“Com estas temperaturas altas, com algum vento, com muito mato e com uma rápida progressão e era importante que os meios, nomeadamente os aéreos, pudessem ser reforçados neste teatro de operações”, frisou, salientando esperar que a “situação fique mais favorável” nas próximas horas.

Para o local estavam no terreno cerca de 120 operacionais e 30 viaturas.

Portugal Continental está em situação de contingência até domingo devido às previsões meteorológicas, com temperaturas muito elevadas em algumas partes do país, e ao risco de incêndio.

A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.

Cinco distritos de Portugal continental mantêm-se sob aviso vermelho, o mais grave, devido ao tempo quente, com mais de uma centena de concelhos em perigo máximo de incêndio rural, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

Foto Sara Soares



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