A ministra do Mar disse hoje que o plano de segurança, sustentabilidade e navegabilidade do Douro vai potenciar o turismo

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse hoje que o plano de segurança, sustentabilidade e navegabilidade do Douro, num investimento de 74 milhões de euros, vai potenciar o turismo, a coesão territorial e o desenvolvimento económico.

“O Douro é a principal via navegável da Península Ibérica, por isso, é um suporte para o nosso desenvolvimento económico sustentável”, afirmou durante o `workshop´ “Viver o Douro com mais Segurança”, no Porto.

Classificando o Douro como um “grande motor de desenvolvimento” da região norte e do país, disse que este projeto, que já obteve financiamento comunitário, vai servir para alargar as possibilidades de navegação no rio. “Vamos fazer face ao constante crescimento do turismo de cruzeiro no Douro e potenciá-lo, utilizando navios maiores e mais frequentes”, referiu, sublinhando que a via navegável será alargada e a profundidade aumentada.

Além disso, a governante explicou que este projeto irá satisfazer uma “ambição” de décadas de vários agentes económicos, que é poder fazer transporte de mercadorias no Douro, através de uma aposta na sustentabilidade ambiental. “Tiramos veículos da estrada e transferimos essa carga para os navios, reduzindo assim a emissão de gases”, argumentou.

A criação de um novo sistema de comunicações, apostando na segurança desta via navegável, será outra das iniciativas. “Este é um projeto de sustentabilidade económica, financeira e social”, frisou.

Partilhando da mesma opinião, o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, salientou que o Douro é um destino turístico de grande relevância para a economia local e nacional.

“Os cruzeiros no Douro encontram-se entre as atividades mais privilegiadas pelos turistas nacionais e internacionais em qualquer altura do ano”, ressalvou.

O governante realçou que a navegação fluvial tem tido um crescimento assinalável, tanto na quantidade das embarcações, como nas suas dimensões. Por esse motivo, o reforço das condições de segurança na via navegável é algo essencial, vincou, garantindo um aumento da presença física no rio.

Azeredo Lopes adiantou que, na presente legislatura, uma das grandes preocupações é a questão dos recursos humanos e materiais na segurança marítima. “Os recursos e a sua eficiência garantem uma costa e mar mais seguro, desenvolvido e produtivo”, considerou. Nesta matéria, o ministro relembrou a implementação do programa Costa Segura, a compra de três lanchas ou a aprovação da carreira especial de tripulante salva-vidas.

Em julho de 2015, a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) apresentou o Via Navegável do Douro (VND) – Douro’s Inland Waterway 2020, um projeto orçado em 74 milhões de euros, com a duração de cinco anos, que visa potenciar o transporte de mercadorias e permitir que o rio seja utilizado 24 horas por dia. O Douro’s Inland Waterway pretende transformar a VND numa via segura, com boas rotas de navegação comercial, ao nível das melhores autoestradas fluviais da Europa.

A Via Navegável do Douro tem uma extensão de 210 quilómetros, entre Barca D’Alva e a Foz no Porto.



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