Os concelhos de Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião vão dispor de viaturas médicas para garantir a proximidade dos serviços de saúde às populações, anunciou hoje a Administração Regional de Saúde do Norte.

Os autarcas de Mesão Frio (PSD) e Santa Marta de Penaguião (PS) reuniram esta semana com a ARSN para debaterem questões relacionadas com a reorganização dos serviços de saúde em curso no país.

O autarca de Santa Marta de Penaguião, Francisco Ribeiro, disse à Lusa que o encontro decorreu também na sequência da intenção do Ministério da Saúde de encerrar o serviço de urgência do Peso da Régua, que serve aqueles dois municípios.

Os autarcas da Régua (PSD), Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião uniram-se na defesa de um Serviço de Urgência Básico no Hospital D.Luíz I, opondo-se à intenção do ministro da Saúde, Correia de Campos, de encerrar o actual serviço de urgência.

Francisco Ribeiro diz que as «urgências da Régua já não funcionam há anos» e, embora lamente que não seja implementado naquele hospital um «verdadeiro serviço de urgência», considera que as medidas agora anunciadas para o concelho vão ajudar a servir melhor a população.

O presidente do Conselho Directivo da ARSN,IP, Alcides Barbosa, disse à Lusa que os horários de funcionamento dos centros de saúde de Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião vão ser alargados, sendo atribuídas unidades móveis para aqueles concelhos.

Estas unidades, com início de funcionamento previsto para 2007 em Mesão Frio e 2008 em Santa Marta de Penaguião, têm como «objectivo principal melhorar a acessibilidade dos utentes».

O responsável referiu ainda que está prevista para breve a instalação de um veículo SIV do INEM, com equipamento para suporte avançado de vida, na Régua e em Montalegre e ainda um helicóptero em Macedo de Cavaleiros.

Alcides Barbosa reconheceu um «deficit de informação» às populações relativamente à reorganização dos serviços de saúde, o que considerou ser, muitas vezes, a causa da origem dos protestos e descontentamento quanto às medidas introduzidas.

Referiu ainda que, após a reunião com os autarcas durienses, ficou «o entendimento» de que as alterações ao serviço de urgência da Régua não «interferem na adequada prestação de cuidados de saúde aos utentes destes municípios».

Fonte do Ministério da Saúde já confirmou à Lusa o encerramento do serviço de urgência da Régua, salientando que, «neste momento, ainda não há datas definidas».

A decisão ministerial foi anunciada após ter sido divulgado um relatório da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) que comprovou que no Hospital D. Luíz I não existe um serviço de urgência hospitalar, mas um serviço de atendimento permanente, cujo encerramento recomendou.

A Câmara da Régua, presidida pelo social-democrata Nuno Gonçalves recusou a proposta do Ministério da Saúde para o Hospital da Régua.

A autarquia, em conjunto com a Liga dos Amigos do Hospital da Régua e a recém criada Comissão de Utentes, marcou para domingo uma manifestação de protesto contra o encerramento da urgência local.



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