O vice-presidente da Câmara de Mesão Frio, Paulo Silva, encabeça a candidatura do PS a esta autarquia, tendo como lema “Pela nossa gente” e como prioridade melhores acessibilidades rodoviárias e ferroviárias neste município do Douro.
Paulo Silva, 60 anos, afirmou que esta é uma candidatura “natural” e “para romper”.
“Proponho uma nova liderança, um novo projeto, novas metodologias de gestão da coisa pública, a reorganização e rentabilização dos serviços e atribuir mais competências aos colaboradores da autarquia. Quero mexer em tudo, mas sempre com o foco nas pessoas”, afirmou.
O atual presidente, Alberto Pereira, atingiu o limite de três mandatos e não se pode recandidatar, e o PS escolheu Paulo Silva para encabeçar a lista às eleições de 26 de setembro.
O pai do candidato, António Silva, foi o primeiro presidente da Câmara de Mesão Frio eleito democraticamente, em 1976, pelo PSD, e o seu irmão, Marco Silva, foi também presidente desta autarquia do distrito de Vila Real durante 20 anos, igualmente eleito pelo PSD.
Paulo Silva passou pelo PCTP/MRPP, depois pelo PSD e há 13 anos que está no PS.
É vice-presidente desde 2013, vereador sem regime de permanência com o pelouro da Proteção Civil, gerente bancário e comandante da corporação de bombeiros há 20 anos.
O candidato referiu que o mandato de Alberto Pereira foi “muito marcado” pelo cumprimento das obrigações impostas pela ‘troika’ e pela pandemia e, apesar destes constrangimentos, a dívida do município desceu para “mínimos históricos”, de 12 milhões de euros para 4,5 milhões de euros.
A vinha é a principal atividade económica do concelho e Paulo Silva quer que esta “terra seja a escolhida para se viver”.
Considerou, no entanto, que Mesão Frio tem “um garrote muito grande” que é o Douro Património Mundial.
“O nosso concelho está virado ao Douro e, portanto, um agricultor que queira aumentar um armazém não consegue, porque é regulamento em cima de regulamento. Tivemos também o caso do Douro Marina Hotel, um projeto interessantíssimo para nós e nada é possível”, justificou.
Por isso defendeu que “se o município é penalizado pela classificação”, “então tem que ter uma compensação”.
“Não podemos estar 40 anos à espera que nos componham uma estrada Mesão Frio - Amarante, não podemos estar 100 anos com a mesma estrada Mesão Frio – Régua e não podemos ter uma linha de comboio como temos”, afirmou.
No programa “extenso, mas exequível”, o candidato propõe a criação de alojamento de emergência social, da comissão de proteção da pessoa idosa e do conselho municipal da juventude, de um programa de comparticipação de medicamentos, de um gabinete de apoio ao investimento, de uma escola de música e de um grupo de teatro municipal, do prémio literário Domingos Monteiro e do Museu da Memória.
Quer também criar um passadiço no rio Teixeira, avançar com uma praia fluvial em Cidadelhe e ainda criar um conselho consultivo e participativo.
Nas eleições de 2017, o PS conquistou quatro mandatos no executivo municipal de Mesão Frio e o PSD um.
Pela coligação PSD/CDS-PP candidata-se o atual vereador da oposição, António Teixeira.